O
tempo estranho que passa,
Uma
nota de amargura
É
a penosa decadência
Dos
bens da literatura.
Explora-se
no extremismo
A
senda espinhosa e vã.
Assim
como no cinema,
Todo
o mundo quer o "fã".
Vais
mal, amigo, se vais
Nas
tristes explorações,
Difundindo
a sombra espessa
Dos
erros e das paixões.
Pululam,
por toda a parte,
As
notas sensacionais,
Amargurados
venenos
De
alguns intelectuais.
Entretanto,
meu amigo,
No
mundo, como ninguém,
Tu
podes criar nas almas
Toda
a tendência do bem.
Podes
dar à evolução
Um
grande sentido novo;
De
ti, muita vez, dependem
O
governo, a classe, o povo.
Teu
erro é dar preferência
À
mentira em que te cobres.
A
hipocrisia entorpece
As
faculdades mais nobres.
Acautela-te
no esforço.
Cada
artigo publicado
É
um reforço na balança
Pela
qual serás julgado.
Um
livro que veicule
A
treva, o crime, a paixão
Pode
exigir-te um resgate
De
séculos de aflição.
A
justiça do infinito,
Na
grandeza que ela encerra,
Tem
também um tribunal
Que
julga os livros da Terra.
Juízes
retos e nobres
Sabem
todos os teus feitos,
Mais
tarde tu ganharás
Ou
sofrerás seus efeitos.
A
palavra é um dom sagrado.
E
a ciência da expressão
Não
deve ser objeto
De
mísera exploração.
Põe
tua pena a serviço
Da
grande causa do bem.
Vive
a verdade e o direito,
Terás
o auxílio do Além.
Se
há veneno em teus escritos,
Meu
amigo, volta atrás.
Organiza
o teu futuro
No
santo esforço da paz.
***
Espírito:
Casimiro Cunha
Médium:
Chico Xavier
Livro:
Cartas do Evangelho
Compilado
por: r.s.durant dart
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