O Arrebol Espírita

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

O FAROLEIRO DESPREVENIDO


O soldado Teofrasto, homem de excelente coração, fora nomeado faroleiro por Alcebíades, na expedição da Sicília, a fim de orientar as embarcações em zona perigosa do mar.

Por ali, rochedos pontiagudos esperavam sem piedade as galeras invigilantes. Ainda mesmo fora da tempestade, quando a fúria dos deuses não soprava sibilante sobre a Terra, derribando casas e arvoredo, os pequenos e grandes barcos eram como que atraídos aos penhascos destruidores, qual ovelhas precipitadamente conduzidas ao matadouro.

Quantos viajantes havia já perdido a vida e os bens na traiçoeira passagem? Quantos pescadores incautos não mais regressaram à benção do lar? Ninguém sabia.

Preservando, porém, a sorte de seus comandados, o grande general situou Teofrasto no farol que se erguia na costa, com a missão de iluminar o caminho equóreo, dentro da noite.

Para garantir-lhe o êxito, mandou-lhe emissários com vasta provisão de óleo puro. O servidor, honrado com semelhante mandato, permaneceria no ministério da luz contra as trevas, defendendo a salvação de todos os que transitassem pelas águas escuras.

De início, Teofrasto desenvolveu, sem dificuldade, a tarefa que lhe competia. Findo o crepúsculo, mantinha a luz acesa, revelando a rota libertadora.

Quando os vizinhos, porém, souberam que o soldado guardava um coração terno e bondoso, passaram a visitá-lo, amiúde. Realmente estimavam nele a cordialidade e a doçura, mas o que procuravam, no fundo, era a concessão de óleo destinado às pequenas necessidades que lhes eram próprias.

O soldado, a breve tempo, era cercado de envolventes apelos.

Antifon, o lavrador, veio pedir-lhe meio barril do combustível para os serões de sua fazenda.

Eunice, a costureira, rogou-lhe duas ânforas cheias para terminar a confecção de algumas túnicas, além das horas do dia.

Embolo, o sapateiro, alegando que o pai agonizava, implorou-lhe a doação de alguns pratos de azeite, a fim de que o genitor não morresse às escuras. Crisóstomos, o fabricante de ungüentos, reclamou cinco potes destinados à manipulação de remédios. Cor Ciro, o negociante, implorou certa cota mais elevada para sustento de algumas tochas.

Todos os afeiçoados das redondezas, interessados em satisfazer as exigências domésticas, relacionaram solicitações simpáticas e comoventes.

Teofrasto, atingido na sensibilidade, distribuiu o combustível precioso pela ordem das rogativas. 

Não podia sofrer o quadro angustioso, afirmava. As requisições, no seu parecer, eram justas e oportunas.

Assim foi que, ao término de duas semanas, se esgotou a reserva de doze meses.

O funcionário não pôde comunicar-se facilmente com os postos avançados de comando e, tão logo se apagou o farol solitário, por várias noites consecutivas os penhascos espatifaram embarcações de todos os matizes.

Prestigiosos contingentes de tropas perderam a vida.

Confiados pescadores jamais tornaram ao ninho familiar.

Comerciantes diversos, portadores de valiosas soluções e problemas inquietantes da luta humana, desceram aflitos ao abismo do mar.

Alcebíades, naturalmente indignado, exonerou o servidor do elevado encargo, recomendando-lhe fosse aplicado às penas da lei.

O médium cristão é sempre um faroleiro com as reservas de óleo das possibilidades divinas, a benefício de todos os que navegam a pleno oceano da experiência terrestre, indicando-lhes os rochedos das trevas e descerrando-lhes o rumo salvador: todavia, quantos deles perdem a oportunidade de serviço vitorioso pela prisão indébita nos casos particulares que procedem geralmente de bagatelas da vida?

***
Espírito: Irmão ‘X
Médium: Chico Xavier
Livro: Contos e Apólogos




(a)  RONALDO COSTA (O Arrebol Espírita)


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ÁGAPE


Os gregos antigos eram muito sofisticados ao falar sobre o amor.
Segundo eles, era impossível utilizar uma única palavra para definir tudo aquilo que a nossa cultura chama, unicamente, amor.
Para eles, havia seis formas de amor, cada qual com suas características.
O primeiro tipo, o amor Eros, era nomeado assim por conta do deus grego da fertilidade, representando a ideia de paixão.
Eros era o amor capaz de dominar e eximir o ser de sua racionalidade. Envolvia uma falta de controle, que assustava os gregos.
A segunda variedade, o Philia, era relativo à amizade, à fidelidade entre companheiros unidos por laços fraternos.
Essa forma de amor era muito mais valorizada do que a primeira.
O Ludus, terceira forma, guardava relação com a diversão, com a afeição, com as boas companhias e com o prazer de se estar ao lado de quem se quer bem.
O amor Àgape, quarto tipo, era a mais radical das formas. Foi traduzido mais tarde para o latim como Caritas, do qual se originou o termo caridade.
Ágape representava o amor abnegado, desinteressado. Aquele que se estende ao próximo, a fim de transformá-lo em um irmão.
Essa é a forma de amor ensinada na maioria das tradições religiosas.
No cristianismo, representa o amor divino que deve ser cultivado e estendido aos nossos semelhantes, seguindo o ensinamento de Jesus: Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a vós mesmos.
Ainda, o amor Pragma, o amor maduro, resultado de profundo entendimento, consideração, respeito e admiração, que se desenvolve entre casais de longo matrimônio e entre pessoas que convivem muitos anos.
Passadas as ilusões, deixam se levar pela alegria da convivência. É o júbilo de saber que o outro ali está, em todos os momentos e circunstâncias, por mais difíceis e dolorosas que elas sejam.
Finalmente, a última forma, o amor Philautia ou autoamor. Não se trata de narcisismo, mas sim de uma maneira muito mais elevada de amor.
Os gregos entendiam que, quanto mais a criatura se ama, mais amor tem a oferecer.
De que forma entendemos o amor? O que ele representa para nós? Como damos, recebemos e vivenciamos o amor?
Entregamo-nos aos preceitos de Jesus, buscando o autoamor, o amor ao próximo, o amor familiar e fraternal, o amor abnegado?
Ou ainda nos perdemos nas teias de Eros, das ilusões e paixões, dos interesses?
Qual a nossa verdadeira compreensão do que é o amor?
Importante se faz a reflexão a respeito. Importante que analisemos nossas ações, nossos sentimentos, a fim de bem avaliarmos de que espécie é o amor que nos move.
O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta, dizia o Apóstolo Paulo.
Pensemos nisso! Pensemos sobre o amor. Busquemos o amor que se oferece, que é fiel, que vive a alegria de ver o outro feliz.
Vivenciemos o amor, em suas nuances mais sublimes, sempre, diária e constantemente.

***
Espírito: Emmanuel
Médium: Chico Xavier
Livro: Pensamento de Vida



(a)  RONALDO COSTA (O Arrebol Espírita)

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PAZ



Se provações te afligem, 
Deus te concede Paz.

Se o cansaço te pesa, 
Deus te sustenta a paz.

Se te falta a esperança, 
De te acrescente a paz.

Se alguém te ofende ou fere, 
Deus te renove em paz.

Sobre as trevas da noite, 
O Céu fulgura em paz.

Ama, serve e confia. 
Deus te mantém a paz.


***
Espírito: Emmanuel
Médium: Chico Xavier
Livro: Recanto de Paz



(a)  RONALDO COSTA (O Arrebol Espírita)

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O MÉDICO E O FISCAL



— Se possível, acelere um pouco a marcha.

Era o abnegado médico espírita, Dr. Militão Pacheco, que rogava ao amigo que o conduzia por gentileza.

E acrescentava:

— O caso é crupe.

O companheiro ao volante aumentou a velocidade, mas, daí a momentos, um fiscal apitou.

O carro atendeu com dificuldade e, talvez por isso, a motocicleta do guarda sofreu pequeno choque sem conseqüências.

O policial, porém, não estava num dia feliz e o Dr. Pacheco com o amigo receberam uma saraivada de palavrões.

Notando que não reagiam, o funcionário fez-se mais duro e declarou que não se conformava apenas com a multa.

Os infratores estavam detidos.

O Dr. Pacheco deu-lhe razão e informou que realmente seguiam com pressa para socorrer um menino sem recursos, rogando, humilde, para que a entrevista com a autoridade superior fosse adiada.

— Se o senhor é médico — disse o interlocutor, com ironia —, deve proceder disciplinadamente, sem sair do regulamento. Para ser franco, se eu pudesse, meteria os dois, agora, no xadrez.

Embora o amigo estivesse rubro de indignação, o Dr. Pacheco, benevolente, fez uma proposta.

O guarda deixaria, por alguns instantes, o veículo, e seguiria com eles no carro, mantendo vigilância.

Depois do socorro ao doentinho, segui-lo-iam para onde quisesse.

Havia tanta humildade na súplica, que o fiscal concordou, conquanto repetisse asperamente os insultos.

— Aceito — exclamou —, e verificarei por mim mesmo. Ando saturado de vigaristas. E creio que, se estão agindo com mentira, hoje dormirão no Distrito. A motocicleta foi confiada a um colega de serviço e o homem entrou, seguindo em silêncio.

Rua aqui, esquina acolá, dentro em pouco o carro atingiu modesta residência na Lapa, em S. Paulo.

Os três entram por grande portão e caminham até encontrar esburacado casebre nos fundos.

Mas, ao ver o menino torturado de aflição nos braços de infeliz mulher, o bravo fiscal, com grande assombro dos circunstantes, ficou pálido e com os olhos rasos de água.

O petiz agonizante e a jovem senhora sem recursos eram seu próprio filhinho e a sua própria esposa que ele havia abandonado dois anos antes...

***
Espírito: Hilário Silva
Médium: Chico Xavier
Livro: Almas em Desfile



(a)  RONALDO COSTA (O Arrebol Espírita)


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TRAGÉDIAS DO COTIDIANO


Prosseguem na sua faina interminável as tragédias do cotidiano, ceifando vidas de maneira perversa e descontrolada. No Mar Mediterrâneo continuam a ser abandonadas as vítimas dos países dilacerados pelas guerras cruéis, como recentemente mais de mil e quinhentas foram resgatadas pela Itália, quando buscavam oportunidade nova de vida na Europa exausta e com excesso de população.

Em toda parte avolumam-se os atos de violência e de desespero em que existências louçãs ou não experimentam o gume que lhes ceifam a oportunidade de desenvolvimento.

E por mais se apresentem excruciantes, sempre surgem formas novas de extinção da vida, de maneira hedionda. Foi a ocorrência fatídica na Barra da Tijuca, conforme noticiou angustiada a Imprensa do país há poucos dias. Referimo-nos à família que foi destroçada, crê-se que pelo chefe do clã, cavalheiro honrado, desfrutando de respeitável posição socioeconômica, com esposa bela e filhos lindos. A senhora, possivelmente dormindo, foi assassinada a faca, e as duas crianças, seus filhos, foram atirados da janela do alto edifício com o próprio genitor. Apesar de acostumados com os dramas trágicos, essa calamidade surpreendeu, não apenas aos amigos, familiares e moradores do bairro, bem como toda a sociedade que lhe tomou conhecimento.

Que estado de desespero ou de consciência alterada leva alguém a cometer tantos e tão hediondos crimes? Quais as razões, se é que existem razões para ações de tal porte, que induzem a criatura humana a matar de maneira quase inconcebível?

Por mais que se encontrem fatores psicológicos, sociológicos, econômicos ou de outro porte, vale pensar que a criatura moderna perdeu o endereço de Deus e, em consequência, perdeu o próprio também. A falta de fé na imortalidade reduz a vida na Terra a uma experiência sem sentido nem significado.

Torna-se necessário que se volte a Deus e à fé religiosa, seja qual for, para evitar-se tragédias de tal magnitude.

***
Espírito: Emmanuel
Médium: Chico Xavier
Livro: Pensamento de Vida



(a)  RONALDO COSTA (O Arrebol Espírita)


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O DEVER


 O dever define a submissão que nos cabe a certos princípios estabelecidos como leis pela Sabedoria Divina, para o desenvolvimento de nossas faculdades.

Para viver em segurança, ninguém desprezará a disciplina.

Obedecem as partículas elementares no mundo atômico, obedece a constelação na glória da Imensidade.

O homem viajará pelo firmamento, a longas distâncias do lar em que se lhe vincula o corpo físico; no entanto, não logrará fazê-lo sem obediência aos princípios que vigem para os movimentos da máquina que o transporta.

Dessa forma, pode-se simbolizar o dever como sendo a faixa de ação no bem que o Supremo Senhor nos traça à responsabilidade, para a sustentação da ordem e da evolução em Sua Obra Divina, no encalço de nosso próprio aperfeiçoamento.

Cada consciência bafejada pelo sol da razão será interpretada, assim, à conta de raio na esfera da vida, evolvendo da superfície para o centro, competindo-lhe a obrigação de respeitar e promover, facilitar e nutrir o bem comum, atitude espontânea que lhe valerá o auxilio natural de todos os que lhe recolhem a simpatia e a cooperação. Com semelhante atitude, cada espírito plasma os reflexos de si mesmo, por onde passa, abrindo-se aos reflexos das mentes mais elevadas que o impulsionam à contemplação de mais vastos horizontes do progresso e à adequada assimilação de mais altos valores da vida.

Desse modo, pela execução do dever — região moral de serviço em que somos constantemente alertados pela consciência —, exteriorizamos a nossa melhor parte, recolhendo a melhor parte dos outros.

Acontece, porém, que muitas vezes criamos perturbações na linha das atividades que o Senhor nos confia, e não apenas desconjuntamos a peça de nossa existência, como também colocamos em desordem muitas existências alheias, desajustando outras muitas peças na máquina do destino.

Surge então para nós o inexorável constrangimento à luta maior, que podemos nomear como sendo o dever-regeneração, pelo qual somos compelidos a produzir reflexos inteiramente renovadores de nossa individualidade, à frente daqueles que se fizeram credores das nossas quotas de sacrifício.

É dessa maneira que recebemos, por imposição das circunstâncias, a esposa incompreensiva, o esposo atrabiliário, o filho doente, o chefe agressivo, o subalterno infeliz, a moléstia pertinaz ou a tarefa compulsória a beneficio dos outros, como gleba espiritual para esforço intensivo na recuperação de nós mesmos.

E por esse motivo que de nada vale desertar do campo de duras obrigações em que nos vejamos sitiados, por força dos acontecimentos naturais do caminho, de vez que na intimidade da consciência, ainda mesmo que a apreciação alheia nos liberte desse ou daquele imposto de devotamento e renúncia, ordena a razão estejamos de sentinela na obra de paciência e de tolerância, de humildade e de amor, que fomos chamados intimamente a atender; sem isso, não obstante a aparência legal de nosso afastamento da luta, somos invencivelmente onerados por ocultas sensações de desgosto ante as nossas próprias fraquezas, que, começando por ligeiras irritações e pequeninos desalentos, acabam matriculando-nos o espírito nos institutos da enfermidade ou na vala da frustração.

***
Espírito: Emmanuel
Médium: Chico Xavier
Livro: Pensamento de Vida



(a)  RONALDO COSTA (O Arrebol Espírita)

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quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

DOAÇÃO




Doação com Jesus, alma querida e boa, 
Não é somente o apoio que transmites 
Em socorro à penúria, tantas vezes,
Sob duros limites! ...

É muito além do verbo que a define
Doação com Jesus é o Céu que se condensa
Na fé que se transforma em reconforto,
Sem cogitar de recompensa.

Está no olhar que enxerga as erosões e os charcos
No caminho em que avança,
Mas em vez de acusar a terra desprezada
Nela semeia flores de esperança...

Mora no ouvido compassivo e calmo
Que a bondade alicerça,
E do mal faz o bem, sem alarde e sem queixa,
Na luz da compreensão que sublima a conversa! 

Brilha nas mãos que servem no silêncio,
Seja amparando alguém que a sombra desvirtua,
Lavando um prato humilde, afagando um doente
Ou removendo um seixo em recanto da rua! ...

Vibra na voz que aceita os dias tristes, 
Falando no esplendor dos dias que virão,
A extinguir em carinho e tolerância 
A ira, o desespero, a irritação...

Faz-se doce clarão na atitude sincera
De quem se acolhe ao bem, por norma definida,
Desculpando e servindo, ajudando e aprendendo,
Edificando em paz e abençoando a vida! ...

Doação com Jesus é tudo quanto eleva,
Venha de onde vier e seja com quem for,
Algo do coração que confia e se entrega
Para estender no mundo a vitória do Amor.


***
Espírito: Maria Dolores
Médium: Chico Xavier
Livro: Recanto de Paz


(a)  RONALDO COSTA (O Arrebol Espírita)

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VIDA E POSSE


  

"Não é a vida mais que o alimento?" – Jesus – (Mateus, 6:25.)


Aconselha-te com a prudência para que teu passo não ceda à loucura.

Há milhares de pessoas que efetuam a ramagem carnal, amontoando posses exteriores, à gana de ilusória evidência.

Senhoreiam terras que não cultivam.

Acumulam ouro sem proveito.

Guardam larga cópia de vestimenta sem qualquer utilidade.

Retém grandes arcas de pão que os vermes devoram.

Disputam remunerações e vantagens de que não necessitam.

E imobilizam-se no medo ou no tédio, no capricho maligno ou nas doenças imaginárias, até que a morte lhes reclama a devolução do próprio corpo.

Não olvides, assim, a tua condição de usufrutuário do mundo, e aprende a conservar no próprio íntimo os valores da grande vida.

Vale-te dos bens passageiros para estender o bem eterno.

Aproveita os obstáculos para incorporar a riqueza da experiência Não retenhas recursos externos de que não careças.

Não desprezes lição alguma.

Começa a luta de cada dia, com o deslumbramento de quem observa a beleza pela primeira vez e agradece a paz da noite como quem se despede do mundo para transferir-se de residência.

Ama pela glória de amar.

Serve sem prender-te.

Lembra-te de que amanhã restituirás à vida o que a vida te emprestou, em nome de DEUS, e que os tesouros de teu espírito serão apenas aqueles que houveres amealhado em ti próprio, no campo da educação e das boas obras.

***
Espírito: Emmanuel
Médium: Chico Xavier
Livro: Palavras de Vida Eterna




(a)  RONALDO COSTA (O Arrebol Espírita)


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EM SERVIÇO MEDIÚNICO


  
Allan Kardec, o emérito codificador do Espiritismo, explicou em termos belos e vigoroso que a mediunidade é coisa santa, que deve ser praticada santamente, religiosamente.

Conquista ético-moral do Espírito no seu processo evolutivo, é imanente à organização perispiritual, expressando-se conforme as necessidades do seu possuidor. Semelhante a outras faculdades da alma, exige cuidados especiais de ordem moral, psíquica, emocional e espiritual, a fim de poder ser ativada e desenvolvida conforme a finalidade a que se encontra destinada pela Divindade.

Instrumento delicado e forte que demonstra a indestrutibilidade da vida, mantém-se como força psíquica libertadora no mecanismo de desenvolvimento das aptidões que jazem em latência no âmago do ser. Ela fomenta os cuidados que devem ser mantidos e trabalhados, tais os procedimentos específicos, como a sublimação do seu portador mediante as ações relevantes da caridade.

Utilizada com sabedoria, é tesouro de valor inestimável pelos bens que propicia no seu entorno e a distância, penetrando nos mais variados painéis do Mais Além, assim como nas mais sórdidas e lúgubres regiões de trevas e dor.

Tais cuidados para adquirir a necessária plasticidade para a ocorrência dos variados fenômenos, tornam-se essenciais para a segurança nas suas manifestações, assim como do seu veículo humano.

Não se é médium em apenas alguns momentos, senão durante todos eles, embora sofra interrupção do seu fluxo e mesmo desaparecimento quando determinadas circunstâncias assim o exigem.

Conhecer-lhe as expressões através das suas manifestações físicas, emocionais e mentais, é dever de cada um que a pretenda utilizar no sentido elevado da sua transcendente finalidade.

Com plasticidade exuberante, dependendo das experiências de outras existências vivenciadas, está sempre em ação, mesmo que sem a anuência do seu portador. Isto porque seu mecanismo de comunicação encontra-se com os receptores ativados, enquanto os decodificam de ondas mentais para exteriorizações gráficas, verbais, ectoplásmicas...

Através das suas incontáveis possibilidades, amplia o seu campo de capacitação com naturalidade, utilizando-se dos campos vibratórios com os quais o médium sintoniza através da mente, dos hábitos, das aspirações...

À medida que o exercício dilui as barreiras da mente, impedindo a captação anímica, as comunicações fluem espontâneas e simples, tornando-se parte normal da existência incorporada aos fenômenos convencionais.

A ignorância sempre lhe tem atribuído ações maléficas destituídas de fundamento. O sofrimento que alguns médiuns experimentam ao exercê-la faz parte do seu mapa de resgates, e se eles observam e vivem a aflição com alegria e consciência adquirem incontáveis méritos e amizades transcendentes que se lhes tornam bênçãos de dignificação.

É natural que ao dar passividade aos sofredores do Mais Além, experimenta-se-lhes a carga de dores que os esfacelam, e, ao diminuí-las, porque se tornam divididas pratica-se a nobre caridade fraternal recomendada por Jesus.

Considera a tua faculdade mediúnica como um sexto sentido para mais significativos empreendimentos morais e de transcendência imortalista.
Não lhe temas as vibrações deletérias que filtra e depura.

Tem em vista que a circunstância de atenuar a aflição dos Espíritos atormentados representa concessão divina para a tua própria iluminação.Se desejas o contato com os anjos, convive com os demônios do roteiro, amando-os e encaminhando-os para a elevação que se lhes faz imperiosa necessidade.

O ser em situação de obsessão, estigmatizado pelo ódio que vem à comunicação através da delicada aparelhagem supereletrônica merece respeito e atenção. Ele está doente, porque não teve força para superar a injunção afligente que o atirou ao abismo da rebeldia e da infelicidade.

Ele necessitava de carinho e foi traído no seu sentimento profundo de honra e de confiança, tinha imperfeições e foi escorraçado sem piedade, anelava por ternura e recebeu açoites e flagelos que o dilaceraram e porque tinha sede deram-lhe ácido para sorver.

Perdeu a confiança na humanidade, deixou-se consumir pelo ódio, é perseguidor, mas é teu irmão necessitado da luz do entendimento para reencontrar-se, para entender como operam as Divinas Leis.

Se aspiras pelo mediumnato, desce aos abismos de sombra e dor onde rebolcam os desditosos e auxilia-os a erguer-se, a ascender, a mudar de atitude mental, portanto, moral também.

Todos experimentam, certamente há exceções, a perturbação post-mortem, resultado natural das consequências dos desregramentos a que se entregavam.

Em alguns, o processo da desencarnação é de longo curso, enquanto noutros se transforma numa áspera experiência carregada de mágoas e de rancores, nos quais se debatem num tempo sem fim, sem um suave luar de esperança.

Torna-te lenitivo para eles.

Faze-te dócil ao seu desespero.

Ama-os como filhos do coração, que se extraviaram e, enlouquecidos, não sabem como encontrar a paz.

Vive de tal forma que, a qualquer momento, embora preservando as tuas obrigações e responsabilidades humanas e sociais, possas estar receptivo ao labor dos Guias e Mensageiros da Luz no trabalho de harmonização dos infelizes.

Preza a tua mediunidade, poupando-a aos choques da perversão mental e da vulgaridade dos relacionamentos infelizes.

Quanto mais puderes, não cesses de intermediar o amor, levando ao desesperado a tua contribuição de solidariedade fraternal, e mesmo que te sintas perseguido, com noites indormidas, enfermidades simulacros, aflições de todo porte, alegra-te por seres médium a serviço de Jesus, tornando a humanidade melhor e mais feliz.

Jesus nunca se escusou de auxiliar. Até mesmo quando foi convidado ao holocausto na Cruz, perdoou a massa obsidiada por forças infelizes da Erraticidade inferior, na condição de Médium de Deus e transformou-a em asas para alçar-se ao Infinito.

***
Pelo Espírito Joanna de Ângelis.

Psicografia do médium Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica de 25 de abril de 2016, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.



(a)  RONALDO COSTA (O Arrebol Espírita)

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O MODELO MAIS PERFEITO


Na questão de número 625 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec faz a seguinte pergunta ao Espírito da Verdade:
“Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo?”
E o Espírito da Verdade responde:
“Jesus”.
A esta resposta Kardec nos faz o seguinte comentário:
“Para o homem, Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou é a expressão mais pura da lei do Senhor, porque, sendo ele o mais puro de quantos têm aparecido na Terra, o Espírito Divino o animava.
Quanto aos que, pretendendo instruir o homem na lei de Deus, o têm transviado, ensinando-lhes falsos princípios, isso aconteceu por haverem deixado que os dominassem sentimentos demasiado terrenos e por terem confundido as leis que regulam as condições da vida da alma, com as que regem a vida do corpo. Muitos hão apresentado como leis divinas simples leis humanas estatuídas para servir às paixões e dominar os homens.”

***


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FILHOS DE DEUS




"Na vossa paciência, possui as nossas almas". - Jesus (Lucas, 21:19)

Afinal de contas, ter paciência não será sorrir para as maldades humanas, nem coonestar suas atividades indignas sobre a face do mundo.

Concordar alguém com todos os males da senda terrestre, a pretexto de revelar essa virtude, seria um contra-senso absurdo. Ter paciência, então, será resistir aos impulsos inferiores que nos cerquem na estrada evolutiva, conduzindo todo o bem que nos seja possível aos seres e coisas que se achem diante de nos, como a representação desses mesmos Impulsos.

Jesus foi o modelo da paciência suprema e resistiu a nossa inferioridade, amando-nos. Não se nivelou com as nossas fraquezas, mas valeu-se de todas as ocasiões para nos melhorar e conduzir ao bem. Sua misericórdia tomou os nossos pecados e transformou cada um em profunda lição para a reforma de nós mesmos. Não aplaudiu as nossas misérias, nem sorriu para os nossos erros, mas compreendeu-nos as deficiências e amparou-nos. Embora tudo isso, resistiu-nos sempre, dentro de seu amor, até a cruz do martírio.

A paciência do Cristo é um livro aberto para todos os corações inclinados ao bem e a verdade.

Somente pela sincera resistência ao mal, com a disposição fiel de transforma-lo no bem, conseguireis possuir as vossas almas. Ao contrario disso, ainda que vos sintais autônomos e fortes, vós mesmos é que sereis possuídos por tendências indignas ou sentimentos inferiores.

Portanto, justo é que busqueis saber, hoje mesmo, se já possuis os vossos corações ou se estais ocupados pelas forças estranhas ao vosso titulo de filhos de Deus.

***
Espírito: Emmanuel
Médium: Chico Xavier
Livro: Segue-me





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