O Arrebol Espírita

sexta-feira, 27 de junho de 2014

NO BANQUETE DO AMOR


A Jesus hoje elevamos
A nossa humilde oração
Pelo irmão que nos reúne
Na sua tema afeição.

Recordar o amigo ausente
Na luz do Consolador
É derramar sobre as almas
Um pensamento de amor.

Tem nossa prece, portanto,
A magia singular
De confortar todo pranto,
De converter, de ensinar...

Há no banquete das preces
Além do que é convidado
Os seres pobres e tristes
Da miséria e do pecado.

Um a um todos recebem
O quinhão de vida e luz,
Sob a bênção carinhosa
Do santo amor de Jesus.

Repita-se, pois, a mesa,
Que cada esmola de amor
Será um ingresso, mais tarde,
Nos banquetes do Senhor.

NOTA – Esta poesia foi recebida em homenagem ao benemérito Prof. Arthur Joviano.

***
Espírito: Casimiro Cunha
Médium: Chico Xavier
Livro: Cartas do Evangelho


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O AMIGO


Muitas vezes sobre a Terra,
Só achas o amigo vão
Que te espera no caminho
Com o punhal da ingratidão.

Mas, é que nunca procuras
O amigo terno e fiel,
Que roubaria a amargura
Dos teus instantes de fel.

Esse Amigo podes tê-Lo,
No fundo do coração,
No altar da crença e da fé
À luz da meditação.

É Jesus. Lembra-te sempre
Que o Mestre te acolherá.
Se o amigo terrestre falha,
Jesus nunca falhará.

***
Espírito: Casimiro Cunha
Médium: Chico Xavier
Livro: Cartas do Evangelho


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UMA SAUDAÇÃO


À D. Júlia Pego Amorim(1):

Alma cheia de alegria,
Sincera, doce, louçã,
Eu quero felicitar-te:
“– Deus te pague, minha irmã!”...

Também fui cego no mundo,
E conheço o teu labor
Na luminosa oficina
De fé do Consolador.

Continua, confortada,
Em teus esforços de luz,
Levando aos cegos da Terra
O sol do amor de Jesus.

Nossos irmãos se confortam
No bem dos trabalhos teus.
Se lhes falta a luz dos olhos,
Não lhes falta a luz de Deus.

E, um dia, Nosso Senhor,
Na luz de um mundo sem véu,
Há de vir, devagarinho,
Abrir-te as portas do Céu.

(1) A D. Júlia Pego Amorim se consagrou à obra de educação dos cegos do Brasil.

***
Espírito: Casimiro Cunha
Médium: Chico Xavier
Livro: Cartas do Evangelho


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NÃO DEVA AO MUNDO


Pelos caminhos da Terra,
Jamais procure esquecer
Que todos temos no mundo
Um livro de Deve e Haver.

Nossos débitos são pagos
Pelo sistema perfeito
Das justas compensações,
Sob a lei de causa e efeito.

Os maus atos representam
As dívidas mais vultosas,
Cujo resgate é penoso
Nas estradas escabrosas.

Quem faz o bem, todavia,
Prepara-se na esperança,
Aguardando as recompensas
Do amor, da luz, da bonança.

O bem é o porto seguro
Neste globo de escarcéus.
Pague o seu débito ao mundo
E seja credor nos céus.

***
Espírito: Casimiro Cunha
Médium: Chico Xavier
Livro: Cartas do Evangelho


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SEITAS


Existem, no mundo inteiro,
Igrejas, templos e seitas,
Separando, em vez de unir
As criaturas imperfeitas.

Por que tanta luta inglória?
Por que tanta confusão
Se as crenças são sempre luzes
Do pensamento cristão?...

O homem criou muitos deuses,
Na ignorância atrevida,
Sem saber que Deus é um só,
Pai de Amor de toda a vida.

Nas lidas religiosas,
Não te esqueças que é preciso
Antes de tudo ser bom
No anseio do Paraíso.

Em nada te valerá
Ter uma religião
Se não guardas a bondade
No templo do coração.

***
Espírito: Casimiro Cunha
Médium: Chico Xavier
Livro: Cartas do Evangelho


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CARTA AOS CÔNJUGES


Meus irmãos, o matrimônio
É um instituto divino,
Onde o trabalho em comum
É luz de amor e de ensino.

O lar é um templo sagrado
De vida superior,
Onde começa no mundo
A lei sublime do amor.

Toda a harmonia terrestre,
Em circunstâncias quaisquer,
Tem seu início sagrado
No marido e na mulher.

São ambos um corpo só,
Em doce consagração.
Se o homem é a cabeça,
A mulher é o coração.

Cada um no seu lugar,
São iguais pelo dever
No santo esforço que as mãos
Nunca cessam de fazer.

Sem a máxima união
Na intimidade do lar,
Esse corpo transcendente
Não consegue funcionar.

Porventura, já se viu
Coração sobre a cabeça?
Ou ambos em separado,
Funcionando em vida avessa?...

Se a mulher é sentimento,
Se o homem é luta e ação,
Devem ambos ser unidos
No plano da educação.

Para que um lar seja o pouso
Do carinho e da esperança,
Jamais se esqueça o regime
Do amor e da confiança.

Harmonia em toda a casa
Faz da vida um campo em flor.
Ciúme é a erva daninha
Que mata as rosas do amor.

Intriga e relaxamento
São treva e calamidade,
Trazendo consigo o atrito
Que queima a felicidade.

Se há lutas pelo caminho,
A ventura dos casais
Consiste em reconhecer
Que o perdão nunca é demais.

Quem recebeu a missão
Desse instituto de amor
Tem solenes compromissos
Perante as leis do Senhor.

Façam, pois, do lar terrestre
A estrada de salvação,
Onde Jesus plante as flores
De vida e de redenção.
***
Espírito: Casimiro Cunha
Médium: Chico Xavier
Livro: Cartas do Evangelho


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CARTA AOS MENINOS


Meu amigo pequenino.
Depois de ler e brincar,
Há nos caminhos da Terra
Outra vida a te esperar.

É a vida que representa
A tua escola maior,
Onde o livro do trabalho
É sempre muito melhor.

Para esse novo caminho
Seja em qualquer posição,
Faz-se mister acenderes
As luzes do coração.

Não te habitues a mandar,
Nem tão somente a querer,
Mas aprende a trabalhar,
A esperar e obedecer.

Nas lutas de cada dia
Aclara o teu coração.
Preguiças e rebeldias
São portas de tentação.

Antes de tudo, venera
Teus pais e os conselhos seus.
Sem que ames a teus pais
Não podes amar a Deus.

Se tens tudo hoje, recorda
Que nesse grande caminho
Pode faltar-te o conforto,
Pode faltar-te o carinho.

Não desperdices, meu filho,
No mundo há muita criança,
Que embora irmã de teus anos,
Não tem pão, nem esperança...

Dá sempre. Quem dá, recebe
As grandes luzes do Bem.
Deus nos deu tudo na vida.
Se puderes, dá também.

Mas se és pobre, não te esqueças
Da vida resignada.
"O pouco com Deus é muito
E o muito sem Deus é nada".

Se és órfão e desvalido,
Se te falta o livro e o pão,
Trabalha e conta com Deus
Que ouve o teu coração.

Deus é tudo em nossa vida.
Sem Ele tudo nos cai.
Aprende a guardar na Terra
A sua bênção de Pai.

Faze da luz da humildade
A força de teu escudo.
Esforço e boa vontade
Na vida conseguem tudo.

Não olvides que o trabalho
É fonte de paz e luz.
Jamais te esqueças, meu filho,
Que teu modelo é Jesus.

***
Espírito: Casimiro Cunha
Médium: Chico Xavier
Livro: Cartas do Evangelho


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CARTA AOS JOVENS


Estás moço, meu amigo,
E a estrada da juventude
É um sonho alegre e florido
De esperança e de saúde.

Tudo, em redor de teus passos,
É vigor e fortaleza,
Entusiasmos felizes
Nas bênçãos da natureza.

É nessa fase da vida
Que, muita vez, a ilusão
Trabalha como um veneno
Às forças do coração.

Que a experiência do velho
Seja em tudo o teu espelho.
A luz dos cabelos brancos
É um carinhoso conselho.

Que a tua impulsividade
Se inutilize ou se torça;
Todo o mal da mocidade
É dominar pela força.

O engano de quem é moço
É a pretensão de poder,
Vendo embora que a questão,
Antes de tudo, é saber.

Alguém já disse no mundo,
Perante os impulsos teus,
Que a mocidade feliz
É uma inimiga de Deus.

É que o jovem, meu amigo,
No anseio de dominar,
Destrói com toda a imprudência
Sem saber edificar.

Não dispenses o velhinho
Que, humilde, te estende a mão;
Sua palavra tranqüila
É luminosa lição.

Recordo-te, nesta carta,
Um raciocínio profundo.
Sem que o velho houvesse andado,
Não marcharias no mundo.

Acata-o, raciocinando
Que, um dia, serás assim,
Desiludido e cansado
Quando a prova for ao fim.

Planta o bem no teu caminho.
Não fujas à caridade.
"Quem semeia ventanias
Colhe a dor e a tempestade".

Guarda a fé. Ora e confia.
A paz há de ser-te imensa.
Se, entre as sombras da velhice,
Tiveres a luz da crença.

A mocidade do mundo
Passa, às vezes, no imprevisto.
Mas tê-la-ás, pura e eterna,
Se andares com Jesus Cristo.

***
Espírito: Casimiro Cunha
Médium: Chico Xavier
Livro: Cartas do Evangelho


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quarta-feira, 25 de junho de 2014

CARTA AS MÃES


Minha irmã, se Deus te deu
A luz da maternidade,
Deu-te a tarefa divina
Da renúncia e da bondade.

Busca imitar no caminho
A Rosa de Nazaré,
Irradiando o perfume
De amor, de humildade e fé.

Lembra sempre em tua estrada,
Que a paz de tua missão
É feita dessa ternura
Que nasce do coração.

Contempla em cada filhinho
Um luminoso sorriso
Da alegria dolorosa
Que te leva ao paraíso.

Porque, ser mãe, minha irmã,
É ser prazer sobre as dores,
É ser luz, embora a estrada
Tenha sombras e amargores.

Ser mãe é ser a energia
Que domina os escarcéus,
É ser nas mágoas da Terra
Um sacrifício dos céus.

Pensa nisso e não duvides
Da grande misericórdia,
Que te deu na senda escura
A lâmpada da concórdia.

Ouve ainda. Tem cuidado
Com o teu próprio coração.
Não deixes que se transforme
O teu amor em paixão.

Muita vez, a mãe terrestre
Em vez de salvar, condena,
Porque do amor que redime
Faz a paixão que envenena.

Há muitas mães nos Espaços
Chorando na desventura,
Os perigosos desvios
De sua imensa ternura.

Ama o filho de outra mãe
Qual se fora teu também,
E estarás santificado
Teu lar nas luzes do Bem.

Castiga amando o teu filho
Em teu carinho profundo.
Prefere o teu próprio ensino
Às tristes lições do mundo.

Recorda que está contigo
A missão de renovar,
De corrigir perdoando,
De esclarecer e ensinar.

Nos teus exemplos repousa
A esperança do Senhor,
Que há de salvar este mundo
Por meio de teu amor.

***
Espírito: Casimiro Cunha
Médium: Chico Xavier
Livro: Cartas do Evangelho


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CARTA AOS PAIS



Não podes viver a esmo,
Numa estrada indefinida.
Um pai tem obrigações
Das mais nobres que há na vida.

Meu irmão, em tua casa,
Nas ternuras dos filhinhos,
Personifica o bom senso
Entre os beijos e os carinhos.

Por enquanto, a Terra inteira
Inda é um mar encapelado.
Se não dominas a onda
Virás a ser dominado.

Entende a luz do caminho.
A tua finalidade
Não é somente a da espécie
Nas lutas da humanidade.

Exige-se muito mais
Dos teus esforços no mundo,
Recebeste de Jesus
Um dom sagrado e profundo.

Se a missão das mães terrestres
É conduzir e ensinar,
O teu trabalho é de agir.
No esforço de transformar.

Não olvides teus deveres
Na esfera da educação,
Fazendo de tua casa
A escola de redenção.

Um pai que deixa os filhinhos
Abandonados ao léu
Não corresponde no mundo
À confiança do céu.

Cuida bem dos pequeninos.
A educação tem segredos
Que devem ser estudados
Desde os tempos dos brinquedos.

A tua função no lar
Não é somente prover,
Mas adotar providências,
Procurando esclarecer.

Ensina os teus a gastar.
Quem vive muito à vontade
Pode encontrar a miséria
No fim da ociosidade.

Gastar somente o que é justo
É ser prudente e cristão.
Quem gasta o que não é seu
Faz dívidas de aflição.

Luta sempre, mas se os teus
Não te seguirem os trilhos,
Esperemos nesse Pai
De que todos somos filhos.

Na pobreza ou na fortuna,
Esforça-te, meu amigo.
Exemplifica o trabalho
E Deus estará contigo

***
Espírito: Casimiro Cunha
Médium: Chico Xavier
Livro: Cartas do Evangelho


Compilado por: r.s.durant dart