O Arrebol Espírita

quarta-feira, 23 de maio de 2018

CHICO XAVIER: A REECANAÇÃO DE ALAN KARDEK



Dr. Odilon — adiantou-se Paulino —, perdoe-me talvez a inoportunidade da pergunta: o senhor crê que Chico Xavier seja a reencarnação de Allan Kardec?

Não somente creio, Paulino, como tenho elementos para afirmar que ele o é — respondeu o Mentor, corajosamente. — Os que se dedicarem a estudar o assunto, compulsando, principalmente, a correspondência particular de um e de outro perceberão tratar-se do mesmo espírito. É uma questão que, infelizmente, ainda há de suscitar muita polêmica entre os espíritas que mourejam na carne, mas, para determinado segmento espiritual, no qual eu me incluo, isto é ponto pacifico. São notáveis as “coincidências” ou os pontos de contato entre as duas personalidades, inclusive na semelhança física...

Alegam alguns, porém, que o Codificador era dono de uma personalidade austera, ativa, quando a de nosso Chico Xavier é de característica branda, passiva...

Os que assim se referem não tiveram, evidentemente, oportunidade de privar com o primeiro nem com o segundo — ambos eram austeros e brandos, quando a brandura ou a austeridade se faziam necessárias. É claro que a tarefa que Chico Xavíer desdobrou, no começo do século passado, se deu em condições um tanto diversas da que cumpriu com a identidade de Allan Kardec; o meio não deixa de exercer certa influência sobre a individualidade, constrangendo-a a adaptar-se às novas condições — uma rosa no Brasil será uma rosa, por exemplo, no Japão, no entanto as diferenças climáticas são passíveis de alterar-lhe as características, tanto no que se refere à coloração quanto ao perfume... O espírito é sempre o mesmo, de uma vida para outra, todavia não há, para ele, como livrar-se totalmente da carga genética que o transfigura, mas não desfigura...

Sim, Chico Xavier é a reencarnação de Allan Kardec — disse convicta. Eu sempre o soube, mas, dentro da prova da mudez que me assinalava os dias, nunca pude me expressar com clareza; não polemizo com os confrades valorosos que pensam diferente, no entanto, no meu caso, possuidora, na Terra, da mediunidade de clarividência, várias vezes pude constatar a autenticidade do fato: à minha retina espiritual, Chico se transfigurava e, em seu lugar, surgia a simpática figura do Codificador; também, muitas vezes, em estado de desdobramento, nos instantes em que me era possível deixar o corpo e visitá-lo, eu o encontrava na personalidade marcante de Allan Kardec... A camuflagem espiritual era quase perfeita. É inegável que a obra de um é o complemento da outra: a mesma linha de pensamento, a mesma terminologia, a mesma luz...



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Espírito: Inácio Ferreira
Médium: Carlos A. Baccelli
Livro: Na Próxima Dimensão


(a) Ronaldo Costa (O Arrebol Espírita)
https://www.facebook.com/ronaldo.costa.o.arrebol.espirita



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