Vens
de longe no caminho,
Exausto
de combater.
Sim,
meu irmão, a velhice
É
a hora do entardecer.
Por
vezes, é uma hora triste
De
amargurosas lembranças
Do
barco em que viajavas,
Entre
sonhos e esperanças.
Da
culminância do monte,
Examinas
a paisagem,
E
deploras os desvios
De
quem começa a viagem.
Às
vezes te calas, triste.
Ninguém
te quer atender,
E
choras porque conheces
Os
tóxicos do prazer.
Mas
nunca te desanimes.
Prossegue
em tua missão,
Continua
esclarecendo
O
mundo de provação.
Não
desesperes, porquanto,
Antigamente
também
Eras
chamado à verdade
E
não ouviste a ninguém.
Quebraste
serros e atalhos,
Sem
olhar a conseqüência.
Sofreste
muito e ganhaste
O
ouro da experiência.
Perdoa.
Quem viveu muito
Tem
muita compreensão.
Compreensão
é bondade
Que
esclarece com perdão.
Meninos,
moços e velhos,
Nas
lutas da humanidade,
São
três expressões ligeiras
De
um dia da eternidade.
Meninice
e juventude
São
a alvorada louçã.
Velhice
é a noite, porém,
O
dia volta amanhã.
O
que é preciso no mundo
De
prova e de sofrimento,
É
que todos sejam velhos
Nas
luzes do entendimento.
Por
isso, meu santo amigo,
Não
te canses em saber,
Se
tens muito que ensinar,
Inda
tens muito a aprender.
Conserva
a tua esperança.
Guarda
a paz do Mestre Amado.
A
crença na tua noite
É
um firmamento estrelado.
Na
antecâmara do Além,
Deus
te abençoe, meu irmão,
Dilatando
no caminho
A
luz do teu coração.
***
Espírito:
Casimiro Cunha
Médium:
Chico Xavier
Livro:
Cartas do Evangelho
Compilado
por: r.s.durant dart
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