É
certo que, sobre a Terra
Nas
lutas de expiação,
Muita
vez, o lar se forma
Para
a dor da redenção.
Por
vezes, os inimigos
Das
existências passadas
Recebem
o mesmo sangue
Em
lutas amarguradas.
É
o resgate doloroso,
A
algema que, no futuro,
Transforma
o ódio tigrino
Em
tesouros do amor puro.
Eis
aí porque, não raro,
Nessa
prova que redime,
Irmãos
surgem contra irmãos,
Raiando
até pelo crime.
Mas
a dor, a grande dor
Que
reforma toda a gente,
Recolhe-os
no seu regaço,
Fraterniza-os
novamente.
Por
essa razão, amigos,
Todo
o ensino em substância,
É
que a paz do lar terrestre
Depende
da tolerância.
Falando
em particular,
Peço-te,
pois, meu irmão,
Que
faças de tua casa
O
instituto da afeição.
Não
te esqueças que em família
A
mais santa autoridade
É
a que nasce da energia
Que
não desdenha a bondade.
A
fim de seres ouvido,
Recorda
que o verbo dar
Na
caravana efetiva
Precede
o verbo ensinar.
Jamais
te queixes dos teus,
Seja
em qualquer confidência.
Muita
vez, nos desabafos,
Há
muitas maledicência.
Sem
que repartas no mundo
A
fé e o amor com os teus,
Não
pode dar no caminho
Os
sublimes dons de Deus.
Há
lutas em tua casa,
Atritos
e desavenças?
Isso
é a sombra em que se prova
A
claridade da crença.
Na
noite de cada dia,
Nas
luzes das orações,
Envia
a Deus os apelos
De
tuas inquietações.
Quanto
ao mais, teu sacrifício
É
a santa expressão de dor,
Purificando
a família
No
plano eterno do Amor.
***
Espírito:
Casimiro Cunha
Médium:
Chico Xavier
Livro:
Cartas do Evangelho
Compilado
por: r.s.durant dart
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