O Arrebol Espírita

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

PENA DE MORTE – Homicídio ou Suicídio?


Provavelmente após a leitura deste texto muita gente irá me apedrejar, mas tudo bem, não ligo pra isso! Acredito que o homem não só deve como tem por obrigação expor suas ideias. Todos nós, de certa forma, somos construtores do mundo, já que a todos (os aptos) Deus deu um cérebro perfeitamente capaz de raciocinar... Enfim!
Sempre fui contra a Pena de Morte, mas ultimamente venho pensando muito a respeito, desde que um brasileiro foi executado por tráfico de drogas na Indonésia. Será que a pena de morte é mesmo contrária as leis cristã?... Será que por medo de errar não estamos errando?... Não temos nós o direito de nos defender?... Será que assim como temos a obrigação de perdoar, não tem o ofensor de deixar de nos ofender?.. Perdoar até setenta vezes sete, como nos ensinou Jesus, não é de certo modo um limite? O número 490 (70x7 = 490) não é um número infinito, muito pelo contrário é até razoavelmente pouco.
De certa forma, a pena de morte não é uma lei de causa, mas de efeito. Para que ela se aplique necessário é um ato motivado, que haja uma causa; que não é obrigatória, mas de livre arbítrio de qualquer um.
Assim sendo, não estamos nós errando quando culpamos quem aplica a pena de morte, em vez de assumirmos que na verdade a culpa é do infrator que usou de seu livre arbítrio para lhe provocar a causa? Em tela, não é isso um suicídio?
Vamos nos basear em um exemplo. Se uma pessoa instala em sua propriedade uma cerca elétrica para se proteger, com o aviso de “Perigo”, e alguém, mesmo consciente deste perigo, vem a óbito por tentar adentrar na mesma propriedade, a quem pertence à culpa? Não sei qual será sua resposta, mas posso afirmar, com toda segurança, que ela é válida para a pena de morte!
Se fizermos alguns cálculos, veremos que a pena de morte nem é prejuízo à vida, ao contrário! Um traficante morto é menos um viciado morto; menos um policial morto; menos um familiar inocente morto; menos uma pessoa morta por bala perdida; menos um latrocínio; menos uma chacina; menos um monte de morte... Só neste calculo já vejo um monte de vantagem.

Mas a questão nem é esta, a questão é:
A PENA DE MORTE É HOMICÍDIO OU SUICÍDIO?

Faça seu juízo, você foi feito pra pensar. Esta história de que a voz do povo é a voz de Deus se fosse verdade, Barrabás era quem tava "ferrado"!

PS. Esta postagem não é um desabafo e nem está contida a minha opinião, mas apenas um chamado a reflexão. A Doutrina Espírita não é e nunca foi absolutista:

"- O Espiritismo, avançando com o progresso, jamais será ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrarem que está em erro acerca de um ponto, ele se modificará nesse ponto; se uma verdade nova se revelar, ele aceitará.
-A fé necessita de uma base, base que é a inteligência perfeita daquilo em que se deve crer. E, para crer, não basta ver; é preciso, sobretudo, compreender."-ALLAN KARDEC 
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(a) RONALDO COSTA (O Arrebol Espírita)

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