“Mas pela graça de Deus, sou o que sou”.
Paulo – I Coríntios, 15:10
Notamos aprendizes do
Evangelho que se declaram incapazes para a execução dos menores serviços na
lavoura do bem.
Se convidados a orar,
afirmam-se indignos.
Se convocados à proteção de
um simples doente, em nome do Divino Médico, fogem à obrigação, proclamando-se
fracos para a tarefa.
Se chamados à exposição da
verdade, fazem-se mudos de acanhamento.
Se constrangidos à posição de
responsabilidades, na direção das boas obras, alegam imperfeições e
impedimentos.
Se trazidos ao esforço
assistencial de qualquer natureza, retraem-se à pressa, pretextando inaptidão
ou inexperiência.
Se indicados para a
cooperação na sementeira do esclarecimento iluminativo, declaram-se em trevas.
Estudam, recebem nova luz,
progridem mentalmente, mas não possuem espírito de iniciativa, coragem moral e
ousadia na auto-superação. E, por isso, são devorados devagarinho pelas
gigantescas mandíbulas do tempo, que lhes consomem o corpo e as
oportunidades de crescimento
espiritual, sem se abalançarem a novas aquisições para a vida eterna.
Paulo de Tarso, reconhecendo
a sua condição de ex-perseguidor do Cristianismo nascente, assevera: – “Mas,
pela graça de Deus, sou o que sou”.
A lição é admirável.
Ninguém pode alegar
incompetência ou inferioridade, ante as exigências do bem, se já reconhece a
grandeza desse mesmo bem.
Quem algo possui, alguma
coisa pode gastar.
Quem alguma coisa conhece,
algo pode fazer.
Em verdade, no caminho que
vamos percorrendo, derramamos ainda detritos e sombras do nosso próprio “eu”,
entretanto, à maneira do grande defensor da gentilidade, podemos também
pronunciar as encorajadoras palavras: – “Mas, pela graça de Deus, somos o que
já somos”.
***
Espírito: Augusto Silva
Médium: Chico Xavier
Livro: Cartas do Coração
(a) RONALDO COSTA (O Arrebol Espírita)
https://www.facebook.com/o.arrebol.espirita
Nenhum comentário:
Postar um comentário