
Contemplando-Te,
ó Mestre, içado às dores,
Em
teu trono de angústia, sangue e chagas,
Sinto
em mim a grandeza com que esmagas
O
ódio e a maldade dos perseguidores...
Ladeado
por rudes malfeitores,
Ao
vozerio de baldões e pragas,
Guardas
no olhar a benção com que afagas
O
coração dos pobres sofredores.
“Perdoai-lhes,
meu Pai!...” _ disseste em pranto
No
imenso amor, iluminado e santo,
Que
a tua cruz de lágrimas encerra...
E
vejo, enfim, que sem teus dons divinos
Não
passamos de escuros peregrinos,
Infortunados
lázaros da Terra!
***
Espírito:
Jesus Gonsalves
Médium:
Chico Xavier
Livro:
Cartas do Coração
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