Muitas
vezes, Senhor, brandindo a espada,
Junquei
o campo de amargosas dores,
Estendendo
medalhas e favores
Sobre
o sangue da presa abandonada.
A
golpes vís, assinalei a estrada
Do
meu carro de falsos resplendores
E,
buscando lauréis enganadores,
Desci,
gemendo, à sombra ilimitada...
Mas,
por lavar-me as trevas de outras vidas,
Deste-me
a cruz de pranto e de feridas
No
desprezado monte da aflição;
E,
hoje, na doce luz com que me afagas,
Agradeço
a lição de angústia e chagas
Com
que me deste a paz da redenção.
***
Espírito:
Jesus Gonsalves
Médium:
Chico Xavier
Livro:
Cartas do Coração
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