No
planeta, quase toda a alegria é perigosa. Talvez por isso mesmo, o
Pastor Divino preferiu conduzir as ovelhas pela porta da cruz.
O
drama da redenção terrena é muitíssimo doloroso, mas o sacrifício
é o nosso caminho para a ressurreição eterna. Sem Calvário
vencido não há glória da Vida Imortal. À força de suportar o
madeiro das aflições, veremos chegar o momento em que ele se
transformará no luminoso cisne, cujas asas vigorosas nos
transportarão para os Céus.
Para
os grandes testemunhos, reservou o Senhor os grandes galardões.
A
existência humana modifica seus quadros todos os dias.
E
é necessário intensificar a nossa fé e a nossa confiança no Poder
e na Bondade de Deus, para interpretar o sofrimento como estrada
bendita de nossa redenção, para a vida imortal.
Nossas
dores são nossas luzes.
Quando
soa o grande momento, ao cair das muralhas que nos prendem ao campo
das sensações fisiológicas, então co-meça para nós o bendito
retorno à vida eterna.
Na
Terra tudo passa excessivamente depressa e é um erro perder tempo no
cipoal da incompreensão.
Enquanto
no mundo, nem sempre sabemos valorizar a riqueza que os obstáculos
nos oferecem, que as provas nos facultam, mas devemos arrimar-nos à
certeza de que a Providência nos acompanha, de perto, jamais
trazendo ao nosso espírito problemas e
lutas
de que não carecemos.
O
tempo desfaz todas as tempestades, e as nuvens não se eternizam no
céu.
A
existência terrestre é apenas um dia, dentro da eternidade.
Não
podemos violentar os princípios que regem a vida, e a sementeira
deve anteceder a colheita.
Dilata-se
a dor na Teria com o discernimento. Compreender entre os homens é
sofrer sempre mais...
Se
os acúleos provocam feridas na alma apressa, não nos esqueçamos da
fonte cristalina do perdão, da renúncia, do amor com o Cristo.
Somente ao contato de suas águas balsamizantes é possível
restaurar o coração dilacerado e abatido.
O
tempo tudo transforma e o devotamento jamais esperou em vão. Mais
vale seguir no trilho espinhoso, de cruz nos ombros extenuados, que
marchar sob enganosa coroa de flores, com desconhecimento da
realidade que nos aguarda.
Não
é a primavera que descobre o diamante oculto na serra empedrada, mas
sim o instrumento duro e cortante do lapidário. E nosso lapidário é
o sofrimento, aceito com
humildade
e usado com paciência.
A
existência vale somente pela alegria que pudermos estender e pelas
bênçãos que conseguirmos semear. Não nos importem os obstáculos
e contingências do caminho humano. Se o salário de Jesus foi o
crucifixo aviltante, não temos o direito de esperar a compreensão
imediata de nossa boa vontade, que o próprio Mestre não recebeu.
Sigamo-Lo,
pois, hoje e sempre, em favor de nossa libertação.
***
Espírito:
Agar
Médium:
Chico Xavier
Livro:
Cartas do Coração
(a) RONALDO COSTA (O Arrebol Espírita)
https://www.facebook.com/o.arrebol.espirita
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