Fácil
é buscar os recursos da subida, embora muitos se desencantem ao
primeiro contato com o pedregulho da montanha íngreme... É sempre
doce planejar a ascensão e amealhar recursos para a acidentada
viagem.
Promessas,
abraços, carinhos são prazeres acessíveis a todos...
Entretanto,
quão poucos se lembram de “descer para ajudar”! Quão raros os
corações que aprendem a apagar temporariamente a colorida lanterna
dos próprios sonhos, a fim de estenderem braços amigos aos que se
debatem na sombra do vale ou no lodo escuro do pântano!
Todos
sabem que há ignorância, dor e miséria, onde as trevas se aninham,
mas dificilmente alguém se recorda de acender alguma claridade para
os que, ainda, de muito longe, lhe seguem os passos.
–
Não posso! –
dizem uns.
–
É pecado! –
clamam outros.
–
Não devo –
respondem muitos.
No
entanto, Jesus desceu e amparou-nos; renunciou à sublimidade dos
anjos e conviveu com os homens; obscureceu a própria refulgência
divina e abraçou os pecadores e os transviados na senda terrestre.
Caridade!
Caridade! Não estarás ao pé das chagas que agonizam, dos trapos
que choram, dos gemidos que não têm voz? Não viverás pelos braços
dos justos, amenizando os padecimentos dos que se projetaram no
desfiladeiro da expiação ou no berço dos que renascem sob o
temporal das lágrimas no abandono e na indigência?
É
por isso que o Mestre, em nos buscando na Terra, fez-se o servidor de
todos...
Se
tens, pois, na realidade, um coração corajoso, saberás descer com
Ele, ajudando e ensinando, levantando e servindo, à maneira do lírio
puro que desabrocha no charco sem contaminar-se, convertendo o
inferno das criaturas em paraíso do bem para a glorificação do
Supremo Senhor.
***
Espírito:
Agar
Médium:
Chico Xavier
Livro:
Cartas do Coração
(a) RONALDO COSTA (O Arrebol Espírita)
https://www.facebook.com/o.arrebol.espirita
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