Dizem
"mulher da alegria",
Quando
ela passa na rua;
A
pobre mãe continua,
Os
olhos fitos no chão!...
Quanto
fel, quanta agonia
Nessa
mulher que condenas!...
Ninguém
lê conhece as penas
Cravadas
no coração.
Tristeza
no desconforto,
Sem
palavra que a revele,
Trapos
dourados na pele,
Traz
a angústia por dever.
Viúva
de um vivo morto,
Ei-la
que segue sozinha,
Tem
ao longe, a pobrezinha,
Um
filho quase a morrer.
Já
bateu a tanta porta,
Já
pediu a tanta gente!...
Dói-lhe
a ferida pungente
De
ter sido mãe sem lar;
Abatida,
semimorta,
Apenas
vê no caminho
A
febre e a dor do filhinho
Que
a morte lhe quer roubar.
Tu
que cresceste na estrada,
Desde
o berço de ouro e rendas,
Entre
mimos e oferendas
De
paz, segurança e luz,
Fita
essa mãe desolada,
Na
penúria que a consome...
Talvez
que ela tenha fome
Ao
peso da própria cruz.
Não
lhe zombes da amargura,
Também
foi criança, um dia,
Brincava,
estudava e ria,
Rosa
ao fulgor da manhã,
Também
foi bela e foi pura,
Hoje,
nas magoas que trilha,
Podia
ser nossa filha
Assim
como é nossa irmã.
Mãe
na dor!...Bendita seja!...
Escrava
de toda hora,
Honra
as lágrimas que chora,
Nas
dores por onde vai!...
Sem
esposo que a proteja,
Sem
arrimo, sem tutela,
Em
Deus que sofre com ela
Encontra
a Bênção de Pai.
***
Espírito:
Irene de Sousa Pinto
Médium:
Chico Xavier
Livro:
Caridade
(a) RONALDO COSTA (O Arrebol Espírita)
https://www.facebook.com/o.arrebol.espirita
Nenhum comentário:
Postar um comentário