O
tempo é um calmante e um amigo, um remédio e uma Bênção.
A
existência na carne é simples passagem por um túnel escuro. E a
nossa felicidade nasce, não dos anos que despendemos ao atravessar o
mundo, mas sim dos bens que dentro dele conseguimos improvisar.
Tudo
na carne é como vemos um dia – manhã cheia de sol, crepúsculo de
sombras e noite cerrada ao nosso olhar.
Felizes
daqueles que acendem estrelas no firmamento do próprio coração,
para que a jornada se torne menos dolorosa, no nevoeiro noturno, que
precede a alvorada seguinte.
Perdoemos
a vida e as criaturas pelas angustias que impuseram à nossa
sensibilidade.
As
mãos feridas são mais seguras que os braços habituados a dominar.
As
grandes torturas são grandes bênçãos. No mundo, o nosso
sentimento de personalismo não nos permite essa realidade. Mas a
morte opera em nós completa reforma quando não receamos a verdade
tal qual é.
Bendigamos
a dor que zurziu a alma, em todos os passos do dia de ontem. Pouco a
pouco, transformar-se-á o nosso sofrimento no óleo bendito que
sustentará a claridade
da
candeia frágil de nossa experiência na Terra.
Sem
a luta, dormiríamos na matéria densa, sem qualquer proveito. Deus,
porém, que é o nosso Pai de Infinita Bondade, permite que a aflição
os acompanhe, no mundo, na
condição
de abnegação instrutora e, com o decurso do tempo,a paz se converte
em nossa companheira para todas as situações e problemas
terrestres.
Estudemos
e trabalhemos sempre mais. Seja a fé religiosa para nós um meio de
ajudar a todos, para que estejamos atuando, e fato, em nome do
Cristo, que tantos dons nos concedeu.
Jamais
nos arrependeremos da obra que vamos levantando, no terreno do nosso
próprio coração – obra de amor, entendimento, humildade e
perdão.
A
vida responde ao nosso esforço na mesma intensidade de nosso
impulso, na criação do bem.
Esperemos
a passagem dos dias.
Trabalhemos
na sementeira de nossa Consoladora Doutrina, nas duas margens de
nossa estrada para Jesus e guardemos a certeza de que não nos
faltará o amparo do Senhor.
Chegaremos
um dia à praia segura, depois da tempestade. Não será, contudo, o
porto enganoso da vitória na Terra, mas o refugio doce da serenidade
e da compreensão, onde nosso espírito poderá realmente repousar e
preparar-se, ante o futuro que se desdobrará no amanhã.
As
sementes do Evangelho, caídas de nossas mãos, um dia serão árvores
robustas e preciosas, proporcionando-nos alegrias que nossa
imaginação não poderá avaliar, por enquanto.
Identifiquemo-nos
com serviço da Humanidade e, nesse sublime trabalho, encontraremos a
força preciosa para o sacrifício abençoado que nos garantirá a
sublime ascensão.
***
Espírito:
Isabel Campos
Médium:
Chico Xavier
Livro:
Cartas do Coração
(a) RONALDO COSTA (O Arrebol Espírita)
https://www.facebook.com/o.arrebol.espirita
Nenhum comentário:
Postar um comentário