O
Aborto é crime perante Deus?
Toda
ação que contrarie as leis naturais de Deus são consideradas
infrações. Neste caso o erro consiste em interromper o reencarne de
um Espírito, tirando-lhe, portanto, a oportunidade de crescimento.
Segundo o Espírito de Verdade, somente é permitido o aborto em caso
de risco de vida para a mãe. As histórias existentes de que os
abortados transformam-se em tenazes obsessores de quem o abortou deve
ser observada com desconfiança, pois não é isso o que nos instrui
o Livro dos Espíritos. O exagero com que certos livros e mensagens
encaram o problema, tratando quem pratica o aborto como assassinos,
traz graves conseqüências para essas criaturas que se vêem
atormentadas com a possibilidade de sofrerem penas cruéis nesta ou
em outras vidas. Não há erros irreparáveis. O aborto é falta
grave como qualquer uma outra que desrespeite a lei do amor ao seu
semelhante. Sua gravidade será diretamente proporcional ao grau de
instrução espiritual dos envolvidos e das circunstâncias que
cercaram o fato.
O
que acontecerá a uma mulher que provocou o aborto? E os médicos que
fizeram o aborto?
Como
praticou um ato contrário às leis de Deus, ela irá sofrer em sua
consciência a dor moral pelo ato praticado. Como qualquer erro grave
cometido pelo Espírito, submeterse- á a expiações necessárias ao
seu reajuste diante da vida imortal. O que acontecerá com ela vai
depender de suas necessidades evolutivas e da misericórdia do Alto.
Tanto quem se submete ao ato, como o médico que o pratica estão
igualmente implicados na infração e não se pode esquecer que a
responsabilidade de quem sabe é sempre muito maior, pois, "a
quem muito foi dado, muito será pedido".
Interromper
uma gestação, quando sabe-se que a criança nascerá sem cérebro,
é pecado?
Pecado,
significa o ato de transgredir as leis naturais. A interrupção de
uma gestação é transgressão à Lei de Deus, em qualquer situação,
salvo em casos de risco de vida da mãe. No caso de fetos mal
formados, não se pode avaliar espiritualmente qual a necessidade que
tem as pessoas envolvidas de passarem por esta prova. Certamente que
tudo tem um fim útil e os mecanismos da vida são ainda muito
desconhecidos para nós, Espíritos que habitamos planetas de provas
e expiações. Os meios de reajuste do Espírito é determinado pela
lei de causa e efeito, sendo portanto, certas situações justas
e
necessárias ao reequilíbrio do ser, mesmo que nos pareça
incompreensível.
Por
que o Espiritismo aceita que se interrompa a gravidez se essa
oferecer risco de vida à genitora? A vida desta teria mais valor que
a do feto?
Não
se trata de valor ou não, mas de coerência. Nos casos em que a vida
da mãe está em perigo e se tiver que fazer uma escolha é mais
racional sacrificar a vida do ser que ainda não nasceu e pode ter
outra oportunidade do que aquele que já está em sua experiência de
vida terrena, com responsabilidades assumidas. Em tudo deve
prevalecer o bom senso.
Os
espíritas, assim como os católicos, são contrários ao uso do
preservativo? Por que?
Os
espíritas não são contrários ao uso de preservativos, pois seria
um contra-senso faze-lo. Eles são necessários, tanto como método
anticonceptivo para planejamento familiar como forma de prevenção
de doenças sexualmente transmissíveis, como AIDS, Sífilis,
Hepatite B e outras igualmente graves.
A
partir de qual momento é considerada o surgimento do ser humano:
fecundação, do surgimento do sistema nervoso, ou do nascimento?
A
partir da fecundação já existe a ligação da alma com o corpo,
embora a concretização da reencarnação se dê apenas no
nascimento. O Espírito se liga ao corpo que lhe dará vida física
desde o instante da concepção por um laço fluídico e entra em uma
fase que Allan Kardec chamou de "perturbação", ou seja,
ele vai perdendo a plenitude de sua consciência à medida que a
gravidez avança, como se tivesse adormecendo. Quando nasce as
lembranças de sua vida anterior estão completamente apagadas. Sobre
as três últimas perguntas, sugerimos leitura das questões 344 a
360 do Livro dos Espíritos.
Como
a Doutrina Espírita vê a doação de órgãos?
A
Doutrina Espírita não deu opinião sobre o assunto, pois na época
da Codificação ainda não havia o transplante de órgãos. O que se
sabe dos Espíritos superiores é que o corpo é apenas um
instrumento para o progresso do Espírito imortal quando ele está na
carne. Depois do desencarne, não há nenhuma razão para pensar no
corpo carnal que voltará a integrar-se na natureza pela
decomposição.
Porém,
é preciso entender que em alguns casos onde ocorre o desencarne de
pessoas excessivamente apegadas ao corpo ou à vida, pode haver a
necessidade do Espírito assistir o período de seu velório. Nessas
situações (que normalmente são expiações) o transplante ou a
cremação de corpos poderão causar uma perturbação momentânea no
desencarnado, por ele não compreender a razão de seu corpo ter
algumas partes retiradas ou o motivo pelo qual foi queimado.
Tudo
isso, no entanto, acontece com a permissão de Deus e, infelizmente,
por causa do pouco entendimento das pessoas a respeito do que seja a
imortalidade da alma e as conseqüências de um excessivo apego à
matéria.
Hélio
Marcos Junior
Mensagens,
Ensinamentos e Preces da Doutrina Espírita
(a) RONALDO COSTA (O Arrebol Espírita)
https://www.facebook.com/o.arrebol.espirita
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