O Arrebol Espírita

quinta-feira, 22 de maio de 2014

ABORTO, CLONAGEM E OUTROS ASSUNTOS


O Aborto é crime perante Deus?
Toda ação que contrarie as leis naturais de Deus são consideradas infrações. Neste caso o erro consiste em interromper o reencarne de um Espírito, tirando-lhe, portanto, a oportunidade de crescimento. Segundo o Espírito de Verdade, somente é permitido o aborto em caso de risco de vida para a mãe. As histórias existentes de que os abortados transformam-se em tenazes obsessores de quem o abortou deve ser observada com desconfiança, pois não é isso o que nos instrui o Livro dos Espíritos. O exagero com que certos livros e mensagens encaram o problema, tratando quem pratica o aborto como assassinos, traz graves conseqüências para essas criaturas que se vêem atormentadas com a possibilidade de sofrerem penas cruéis nesta ou em outras vidas. Não há erros irreparáveis. O aborto é falta grave como qualquer uma outra que desrespeite a lei do amor ao seu semelhante. Sua gravidade será diretamente proporcional ao grau de instrução espiritual dos envolvidos e das circunstâncias que cercaram o fato.
O que acontecerá a uma mulher que provocou o aborto? E os médicos que fizeram o aborto?
Como praticou um ato contrário às leis de Deus, ela irá sofrer em sua consciência a dor moral pelo ato praticado. Como qualquer erro grave cometido pelo Espírito, submeterse- á a expiações necessárias ao seu reajuste diante da vida imortal. O que acontecerá com ela vai depender de suas necessidades evolutivas e da misericórdia do Alto. Tanto quem se submete ao ato, como o médico que o pratica estão igualmente implicados na infração e não se pode esquecer que a responsabilidade de quem sabe é sempre muito maior, pois, "a quem muito foi dado, muito será pedido".
Interromper uma gestação, quando sabe-se que a criança nascerá sem cérebro, é pecado?
Pecado, significa o ato de transgredir as leis naturais. A interrupção de uma gestação é transgressão à Lei de Deus, em qualquer situação, salvo em casos de risco de vida da mãe. No caso de fetos mal formados, não se pode avaliar espiritualmente qual a necessidade que tem as pessoas envolvidas de passarem por esta prova. Certamente que tudo tem um fim útil e os mecanismos da vida são ainda muito desconhecidos para nós, Espíritos que habitamos planetas de provas e expiações. Os meios de reajuste do Espírito é determinado pela lei de causa e efeito, sendo portanto, certas situações justas
e necessárias ao reequilíbrio do ser, mesmo que nos pareça incompreensível.
Por que o Espiritismo aceita que se interrompa a gravidez se essa oferecer risco de vida à genitora? A vida desta teria mais valor que a do feto?
Não se trata de valor ou não, mas de coerência. Nos casos em que a vida da mãe está em perigo e se tiver que fazer uma escolha é mais racional sacrificar a vida do ser que ainda não nasceu e pode ter outra oportunidade do que aquele que já está em sua experiência de vida terrena, com responsabilidades assumidas. Em tudo deve prevalecer o bom senso.
Os espíritas, assim como os católicos, são contrários ao uso do preservativo? Por que?
Os espíritas não são contrários ao uso de preservativos, pois seria um contra-senso faze-lo. Eles são necessários, tanto como método anticonceptivo para planejamento familiar como forma de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, como AIDS, Sífilis, Hepatite B e outras igualmente graves.
A partir de qual momento é considerada o surgimento do ser humano: fecundação, do surgimento do sistema nervoso, ou do nascimento?
A partir da fecundação já existe a ligação da alma com o corpo, embora a concretização da reencarnação se dê apenas no nascimento. O Espírito se liga ao corpo que lhe dará vida física desde o instante da concepção por um laço fluídico e entra em uma fase que Allan Kardec chamou de "perturbação", ou seja, ele vai perdendo a plenitude de sua consciência à medida que a gravidez avança, como se tivesse adormecendo. Quando nasce as lembranças de sua vida anterior estão completamente apagadas. Sobre as três últimas perguntas, sugerimos leitura das questões 344 a 360 do Livro dos Espíritos.
Como a Doutrina Espírita vê a doação de órgãos?
A Doutrina Espírita não deu opinião sobre o assunto, pois na época da Codificação ainda não havia o transplante de órgãos. O que se sabe dos Espíritos superiores é que o corpo é apenas um instrumento para o progresso do Espírito imortal quando ele está na carne. Depois do desencarne, não há nenhuma razão para pensar no corpo carnal que voltará a integrar-se na natureza pela decomposição.
Porém, é preciso entender que em alguns casos onde ocorre o desencarne de pessoas excessivamente apegadas ao corpo ou à vida, pode haver a necessidade do Espírito assistir o período de seu velório. Nessas situações (que normalmente são expiações) o transplante ou a cremação de corpos poderão causar uma perturbação momentânea no desencarnado, por ele não compreender a razão de seu corpo ter algumas partes retiradas ou o motivo pelo qual foi queimado.
Tudo isso, no entanto, acontece com a permissão de Deus e, infelizmente, por causa do pouco entendimento das pessoas a respeito do que seja a imortalidade da alma e as conseqüências de um excessivo apego à matéria.


Hélio Marcos Junior
Mensagens, Ensinamentos e Preces da Doutrina Espírita




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