Lua
cheia... Na choça a que se apega,
Morre Vital, velhinho, olhando o morro...
Por prece, escuta a arenga do cachorro,
Ganindo nas touceiras da macega.
Pobre amigo!... Agoniza sem socorro,
Chora lembrando o milho na moega...
Oitenta anos de lágrimas carrega
Na carcaça jogada ao chão sem forro.
Suando, enxerga um moço na soleira,
- “Eu sou leproso...” – avisa em voz rasteira,
mas diz o moço, envolto em luz dourada:
- “Vital, eu sou Jesus! Venha comigo!...”
E o velho sai das chagas de mendigo
Para um carro de estrelas da alvorada.
Morre Vital, velhinho, olhando o morro...
Por prece, escuta a arenga do cachorro,
Ganindo nas touceiras da macega.
Pobre amigo!... Agoniza sem socorro,
Chora lembrando o milho na moega...
Oitenta anos de lágrimas carrega
Na carcaça jogada ao chão sem forro.
Suando, enxerga um moço na soleira,
- “Eu sou leproso...” – avisa em voz rasteira,
mas diz o moço, envolto em luz dourada:
- “Vital, eu sou Jesus! Venha comigo!...”
E o velho sai das chagas de mendigo
Para um carro de estrelas da alvorada.
***
Espírito: Casimiro Cunha
Médium: Chico Xavier
Livro: Antologia Mediúnica do Natal
Compilado por: r.s.durant dart
Nenhum comentário:
Postar um comentário