Foto Ismael Gobbo
Uma rosa para Chico
Xavier
Cidália Xavier Carvalho
(Pedro Leopoldo, MG)
A única dos irmãos de
Chico Xavier encarnada
Quando mergulhou no
corpo físico, para o ministério que deveria desenvolver, tudo eram expectativas
e promessas.
Aquinhoado com incomum
patrimônio de bênçãos, especialmente na área da mediunidade,
Mensageiros da Luz prometeram
inspirá-lo e ampará-lo durante todo o tempo em que se encontrasse na trajetória
física, advertindo-o dos perigos da travessia no mar encapelado das paixões bem
como das lutas que deveria travar para alcançar o porto de segurança.
Orfandade, perseguições
rudes na infância, solidão e amargura estabeleceram o cerco que lhe poderia ter
dificultado o avanço, porém, as providências superiores auxiliaram-no a vencer
esses desafios mais rudes e a crescer interiormente no rumo do objetivo de
iluminação.
Adversários do ontem que
se haviam reencarnado também, crivaram-no de aflições e de crueldade durante
toda a existência orgânica, mas ele conseguiu amá-los, jamais devolvendo as
mesmas farpas, os espículos e o mal que lhe dirigiam.
Experimentou abandono e
descrédito, necessidades de toda ordem, tentações incontáveis que lhe rondaram
os passos ameaçando-lhe a integridade moral, mas não cedeu ao dinheiro, ao
sexo, às projeções enganosas da sociedade, nem aos sentimentos vis.
Sempre se manteve em
clima de harmonia, sintonizado com as Fontes Geradoras da Vida, de onde hauria
coragem e forças para não desfalecer.
Trabalhando
infatigavelmente, alargou o campo da solidariedade, e acendendo o archote da fé
racional que distendia através dos incomuns testemunhos mediúnicos, iluminou
vidas que se tornaram faróis e amparo para outras tantas existências.
Nunca se exaltou e
jamais se entregou ao desânimo, nem mesmo quando sob o metralhar de perversas
acusações, permanecendo fiel ao dever, sem apresentar defesas pessoais ou
justificativas para os seus atos.
Lentamente, pelo
exemplo, pela probidade e pelo esforço de herói cristão, sensibilizou o povo e
os seu líderes, que passaram a amá-lo, tornou-se parâmetro do comportamento,
transformando-se em pessoa de referência para as informações seguras sobre o
Mundo Espiritual e os fenômenos da mediunidade.
Sua palavra doce e
ungida de bondade sempre soava ensinando, direcionando e encaminhando as
pessoas que o buscavam para a senda do Bem.
Em contínuo contato com
o seu Anjo tutelar, nunca o decepcionou, extraviando-se na estrada do dever,
mantendo disciplina e fidelidade ao compromisso assumido.
Abandonado por uns e por
outros, afetos e amigos, conhecidos ou não, jamais deixou de realizar o seu
compromisso para com a Vida, nunca desertando das suas tarefas.
As enfermidades
minaram-lhe as energias, mas ele as renovava através da oração e do exercício
intérmino da caridade.
A claridade dos olhos
diminuiu até quase apagar-se, no entanto a visão interior tornou-se mais
poderosa para penetrar nos arcanos da Espiritualidade.
Nunca se escusou a
ajudar, mas nunca deu trabalho a ninguém.
Seus silêncios homéricos
falaram mais alto do que as discussões perturbadoras e os debates insensatos
que aconteciam a sua volta e longe dele, sobre a Doutrina que esposava e os
seus sublimes ensinamentos.
Tornou-se a maior antena
parapsíquica do seu tempo, conseguindo viajar fora do corpo, quando
parcialmente desdobrado pelo sono natural, assim como penetrar em mentes e corações
para melhor ajudá-los, tanto quanto tornando- -se maleável aos Espíritos que o
utilizaram por quase setenta e cinco anos de devotamento e de re-núncia na
mediunidade luminosa.
Por isso mesmo, o seu
foi mediumato incomparável.
...E ao desencarnar,
suave e docemente, permitindo que o corpo se aquietasse, ascendeu nos rumos do
Infinito, sendo recebido por Jesus, que o acolheu com a Sua bondade, asseverando-lhe:
– Descansa, por um
pouco, meu filho, a fim de esqueceres as tristezas da Terra e desfrutares das
inefáveis alegrias do reino dos Céus.
***
Espírito: Joanna de ângelis
Médium: Divaldo P. Franco
Psicografado no dia 2 de julho de 2002, no Centro
Espírita Caminho da Redenção / Salvador-BA
Compilado por: r.s.durantdart
Nenhum comentário:
Postar um comentário