
Seu armando era comerciante na cidade de Macapá, capital do Amapá, e por duas vezes durante a semana viajava para a cidade de Oiapoque, distante 600km, para levar e trazer mercadorias. Fazia isso por mais de dez anos e tinha por costume jamais ceder carona a quem quer que fosse.
Certa
feita, numa manhã, quando voltava de sua viajem, um homem que vinha
na estrada sozinho acenou-lhe pedindo carona, mas Armando, como de
hábito, ignorou o pedinte.
Uma
hora de viajem havia se passado desde que passara pelo pedinte quando
uma das rodas traseira de seu caminhão deslocou-se do eixo e foi
parar em uma ribanceira. Armando desceu do veículo para resgata-la,
mas percebeu que não era algo que podia fazer sozinho, devido a
altura da ribanceira e ao peso do objeto. Agora era Armando que
necessitava de auxílio. Ficou durante horas na beira da estrada
pedindo socorro para os poucos veículos que passavam, mas ninguém
parou. Lembrou-se do pedinte a quem negara carona, que podia estar
ali para ajuda-lo. Chegou a crer que o homem havia lhe amaldiçoado,
lhe jogado praga.
O
sol já estava a se pôr quando Armando percebeu ao longe, na
estrada, a silhueta de um homem surgir. Animou-se com a possibilidade
de ser ajudado. Mas qual não foi sua surpresa ao perceber que o
homem que se aproximava era justamente o mesmo que deixara para trás
pela manhã. O homem, que parecia cansado dos castigos do sol,
ofegante, o cumprimentou. Armando relatou a situação e pediu sua
ajuda, com a promessa de que o recompensaria levando-lhe na viajem.
Ambos desceram o pequeno abismo para buscar a roda, e foi o próprio
homem quem cuidou de repo-la no lugar de onde havia se soltado. Feito
o reparo, seguiram viajem.
Já
se encontravam a mais ou menos a quarenta (40) minutos do local de
partida quando Armando começou a perder os sentidos e sofreu um
desmaiou. Acordou na manhã seguinte no leito de um hospital de uma
cidade vizinha ao seu destino. Ao recobrar os sentidos chamou a
enfermeira querendo saber do homem e de seu caminhão carregado de mercadorias. A enfermeira
disse-lhe que não sabia de nada, apenas que foi deixado ali por um
homem que já havia partido, e que também não havia nenhum caminhão
estacionado nas proximidades. Armando perturbou-se com a possibilidade
de ter sido roubado. Pediu para fazer um telefona para sua família
para que soubessem do sinistro, mas assustou-se ao saber que o homem
já havia lhes dado noticia sobre sua internação e entregue
pessoalmente o caminhão em sua casa, com toda a carga que havia;
que deveria ficar tranquilo, pois um de seus filhos já havia saído
da cidade para ir busca-lo também.
E foi através desta experiência que Armando recebeu uma de suas maiores lições de vida: A mão que nos pede agora, pode ser a mesma que nos socorrerá mais tarde!
Texto Pessoal
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