"Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos amar uns aos
outros".
–
JOÃO (I João, 4:11.)
Reprovamos a violência e clamamos contra a
violência; no entanto, na vida de relação, muito raramente nos acomodamos sem
ela, quando se trate de nossos caprichos.
Muito comum, principalmente quando amamos
alguém, exigimos que esse alguém se nos condicione ao modo de ser.
Se os entes queridos não nos compartilham
gostos e opiniões, eis-nos irritadiços ou estomagados, reclamando contra a
vida; todavia, a paz da alma requisita compreensão e a compreensão conhecem que
cada um de nós tem a sua área própria de interesse e de ideais.
A Natureza é um mostruário dos recursos
polimórficos com que a Sabedoria Divina plasmou a Criação.
Todas as flores são flores, mas o gerânio não
tem as características do cravo e nem a rosa as da violeta.
Todos os frutos são frutos, mas a laranja não
guarda semelhança com a pêra. Além disso, cada flor tem o seu perfume original,
tanto quanto cada fruto não amadurece fora da época prevista.
Assim, também, as criaturas.
Cada pessoa respira em faixa diversa de
evolução.
Junto nos detenhamos na companhia daqueles
que sentem e pensam como nós, usufruindo os valores da afinidade: entretanto,
sempre que amarmos alguém que comunga a onda de nossas idéias e emoções,
abstenhamo-nos de lhe violentar a cabeça com os moldes em que se nos padroniza
a vida espiritual.
Deus não dá cópias.
Cada criatura vive em determinado plano da
criação, segundo as leis do criador.
Amparemos-nos para que em nosso setor de ação
pessoal venhamos a ser nós mesmos.
Respeitemo-nos mutuamente e ajudemo-nos a ser
uns para os outros o que o Supremo
Senhor espera que nós sejamos:
- uma
benção.
***
Espírito: Emmanuel
Médium: Chico Xavier
Livro: Ceifa de Luz
(a) RONALDO COSTA (O Arrebol Espírita)
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