Numa
tarde de domingo, caminhando pelas ruas desérticas do centro da
cidade, uma jovem percebeu que no meio do quarteirão em que estava, sentado sobre a
escadaria de uma igreja, encontrava-se um homem maltrapilho lendo
um velho jornal. Sentiu medo da figura do morador de rua. Pensou em
retornar, mas desistiu ao ver que em sentido contrário, na esquina à
frente, surgiu um jovem forte e bem apresentado. Sentindo-se mais
segura, atravessou a rua para continuar seu percurso passando
distante do infeliz.
Aquele
homem só levantou os olhos de seu velho jornal ao ouvir os gritos
de uma mulher. Era a jovem que estava sendo assaltada pelo homem a
quem ela mesma julgou ser melhor. O pobre homem abandonou sua leitura, armou-se
com um pedaço de madeira que havia ao chão e saiu em perseguição
do ladrão, que ao vê-lo saiu correndo e mais à frente largou a bolsa que havia tomado da jovem para livrar-se de seu perseguidor. O
morador de rua ajuntou-a e voltou para devolver a sua dona, que
sentiu-se aliviada por ter seu pertence recuperado. Agradeceu-lhe pelo gesto, e, querendo ser mais gentil, tirou algumas
notas de dinheiro e lhe ofereceu como recompensa; mas para sua
surpresa recebeu a seguinte afirmação:
-“Moça,
até preciso de seu dinheiro, mas jamais o receberei, porque o que
fiz foi por caridade e não por ofício, não é justo recebe-lo!
Fique em paz!”.
Deu-lhe
um pequeno sorriso, virou-se, e voltou para onde estava.
A jovem,
constrangida e com a consciência pesada, prosseguiu seu caminho, mas agora com o grande
aprendizado de que a ninguém devemos julgar.
Por:
r.s.durant dart
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