Arar,
moldando a gleba empedrada e agressiva,
Erguer-se,
sol a sol, na tarefa cativa,
Servindo
por amor, ignorando a quem...
Doar
tempo, esperança, força e vida,
Embora
suportando a alma ferida
Na
lavoura do bem.
Impedir
que o serviço retrograde
Ouvir
de longe o vento e a tempestade
De
ciclones irados a cair...
E
proteger as sementeiras novas
Contra
o furor de semelhantes provas
A
fim de que produzam no porvir...
Sofre
insônia e anseio, de alma em chaga,
Ante
os calhaus da senda em que a ideia se esmaga
Na
defesa da frágil plantação;
Ouvir
e desculpar, sofreando-se a custo,
O
sarcasmo cruel do menosprezo injusto
De
quem não crê na própria elevação...
No
entanto, semeador, prossegue enquanto é dia,
Entoa
no trabalho as canções da alegria
Ao
ritmo da fé que te apoia e conduz;
E,
após o anoitecer, nas orações que levas,
Contemplarás,
Além, abrindo-se nas trevas
O
sereno esplendor da Seara de Luz.
***
Espírito: Maria Dolores
Médium: Chico Xavier
Livro: Caminhos do Amor
Nenhum comentário:
Postar um comentário