Se
te dizes tão pobre, alma querida,
Que
nada tens a dar
Para
contribuir na construção do Amor,
Oferece
no prato da humildade
A
tua dor
Nos
tropeços da vida,
Em
favor dos irmãos de nossa própria estrada,
Recordando
esta mesa,
Terna
e sacrificada,
Que
foi árvore em flor, brilho da natureza,
E
se deixou serrar para servir
De
apoio às novas preces,
Sofrendo
humilhações que desconheces,
Nobre
e formoso lenho,
Cuja
bondade não mereço,
De
maneira a expressar-te o meu apreço,
Nas
palavras humílimas que tenho...
Se
te dizes com tanta imperfeição
Que
não consegues trabalhar
Em
nossa própria redenção,
Olvidando
o teu dom de agir
No
socorro a quem chora,
Fita
uma das lâmpadas, à frente,
Fabricada
sem pompa e sem grandeza,
Que,
aceitando viver em disciplina,
Vive
ligada à usina,
Faz-se
flâmula acesa,
Estrela
maternal,
Que
nos serve e ilumina,
A
fim de que vejamos
Toda
e qualquer lição que nos eleva,
Procurando
mais luz que nos livre da treva.
Se
te dizes no tempo, em tamanho cansaço
Que
não podes ser útil a ninguém,
Contempla
o chão que nos mantém
E
se deixou cercar
Para
que a nossa idéia tenha um lar.
Chão
é que faixa de terra em estreito pedaço,
Que
suportou enxadas e tratores,
Lamentando
perder o seus lauréis de flores
E
a música dos ninhos
Que
lhe vinha da voz dos passarinhos,
Em
troca de verdura e acolhimento,
Chão
que prossegue sempre esquecido e pisado,
Prestimoso
e calado,
Qual
benfeitor sem voz,
Que
nunca reclamou salário junto a nós.
Nunca
digas “não posso”, “eu não tenho”, “é impossível”.
Seja
qual for o nível
Que
a existência te dá,
Alma
querida, vem!...
Vem
estender conosco a Seara do Bem,
Deus
te utilizará.
***
Espírito: Maria Dolores
Médium: Chico Xavier
Livro: Caminhos do Amor
(a) RONALDO COSTA (O Arrebol Espírita)
https://www.facebook.com/o.arrebol.espirita
Nenhum comentário:
Postar um comentário