E
falas-me do tempo, coração,
Do
tempo em que tiveste a alma ferida
Por
desgostos da vida,
Quais
estiletes da desilusão;
Do
tempo estranho de aflição e prova
Que
atravessaste em convulsões de dor,
Das
horas de amargor
Que
te impeliram para a estrada nova,
Na
qual hoje me dizes
De
quadros e lembranças infelizes...
E
referes-te, ainda, aos dias do futuro,
Sementeira
em que esperas
Outras
maravilhosas primaveras
De
beleza, de paz e de amor puro,
Do
porvir em que aguardas
A
luminosa companhia
Da
perfeita alegria,
Que
surgirá, por fim, de brilhantes vanguardas...
Ouço-te
o verbo lamentoso e lindo,
Enquanto
vamos nós, sonhando e agindo...
Mas
embora te escute com respeito,
Peço-te
permissão
Para
dizer-te ao pensamento irmão
Que
todo tempo encerra o seu justo proveito.
E,
sem qualquer prurido de ensinar,
Creio
que hoje é o tempo certo
De
amar e compreender, servir e desculpar,
Entre
o ontem passado e o futuro encoberto;
Por
isso, o melhor tempo que nos vem,
Na
senda em que seguimos, vida afora,
O
tempo de sorrir e de fazer o bem
Tem o nome de “agora”.
***
Espírito: Maria Dolores
Médiuns: Chico Xavier
Livro: Caminhos do Amor
(a) RONALDO COSTA (O Arrebol Espírita)
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