Nas
curtas viagens do dia-a-dia, todos nós encontramos o próximo, para
cuja dificuldade somos próximo mais próximo.
Imaginemo-nos,
assim, numa excursão de cem passos que nos transporte do lar à rua.
Não longe,
passa um homem que não conseguimos, de imediato, reconhecer.
“Quem
será?” – perguntamos em pensamento.
E
a Lei do Amor no-lo aponta como alguém que precisa de algo: se vive
em penúria, espera socorro;
se
abastado, solicita assistência moral, de maneira a empregar, com
justiça, as sobras de que dispõe;
se
aflito, pede consolo;
se
alegre, reclama apreço fraterno, para manter-se ajustado à
ponderação;
se
é companheiro, aguarda concurso amigo;
sé
é adversário, exige respeito;
se
benfeitor requer cooperação;
se
malfeitor demanda piedade;
se
doente, requisita remédio;
se
é dono de razoável saúde, precisa de apoio a fim de que a
preserve;
se
ignorante, roga amparo educativo;
se
culto, reivindica estímulo ao trabalho, para desentranhar, a
benefício dos semelhantes, os tesouros
que acumula na inteligência;
se
é bom, não prescinde de auxílio para fazer-se melhor;
se
é menos bom, espera compaixão, que o integre na dignidade da vida.
Ante
o ensino de Jesus, pelo samaritano da caridade, poderemos facilmente
entender que os outros necessitam de nós, tanto quanto necessitamos
dos outros. E, para atender às nossas obrigações, no socorro
mútuo, comecemos, à frente de qualquer um, pelo exercício
espontâneo da compreensão e da simpatia.
***
Espírito:
EmmanuelMédium: Chico Xavier
Livro: Caminho Espírita
(a) RONALDO COSTA (O Arrebol Espírita)
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