José
Roberto Pereira da Silva
Nascimento:
06.08.1953
Desencarne:
08.07.1972
Parentesco:
Filho
Buscando
algum consolo pelo desencarne de meu filho José Roberto – o Beto –
e, tendo em várias
oportunidades ouvido falar da mediunidade de Francisco Cândido
Xavier, na época, duvidosa, angustiada e ferida na minha dor, achei
que poderia encontrar algum conforto em suas palavras, apesar de
católica fervorosa.
Não
tinha conhecimento algum da Doutrina Espírita, visto que não nos
interessava praticar e professar outra religião.
Os
comentários que ouvia sobre Espiritismo não eram muitos felizes, o
que nos afastava ainda mais dessa Doutrina. Hoje, felizmente, temos
um conceito certo sobre o assunto.
Um
dia, passou-me pelas mãos uma mensagem psicografada pelo Chico
Xavier, do Augusto Cezar, filho da sra. Yolanda Cezar, senhora que
conheci através de apresentação de uma amiga.
Tive
grande vontade de conhecer Francisco Cândido
Xavier. Realizava-se nessa ocasião uma tarde de autógrafos com
Chico no Palácio Mauá, em São Paulo.
Creio
que intuída por Amigos Espirituais fui até lá.
Fiquei
emocionada vendo tanto amor e humildade naquela criatura.
Aguardei
minha vez para cumprimentá-lo e dizer da minha dor. Saí bastante
confortada.
Em
10 de maior de 1973. “Dia das Mães”, por um gentil convite da
sra.
Yolanda
Cezar, estávamos a caminho de Uberaba.
Nessa
viagem, meu marido fez questão de me acompanhar.
Não
conhecia nada. Para mim tudo era expectativa, ansiedade e o desejo
enorme de uma palavra alentadora.
Recebi-a
através do Chico pelo Espírito do Dr. Bezerra de Menezes, informava
que meu filho estava muito bem e que tão
logo
pudesse mandaria alguma notícia.
Reconfortou-me e deixou-me feliz.
Aproximadamente
quinze meses após a partida de meu filho, na terceira viagem, recebi
a primeira mensagem do Beto.
Quando
Chico iniciou sua leitura, percebi tratar-se dele. Chorei
desesperadamente.
Ele
pronunciava o nome de Sandra, minha filha. Nunca havia tocado em seu
nome com o Chico.
Outras
citações seguiram e, cada vez mais, faziam-me acreditar no que
estava ouvindo.
Falou
em meus avós, o vovô Yanez e o vovô Leite, desencarnados.
Fez
referencia à Gruta de Maquine onde fora com meu filho, quando
criança, e que hoje é atração turística.
Citou
o padre João de Santo Antonio. Estranhei.
Não
o conhecia e, curiosa ao voltar para São Paulo, fui saber quem era
por meio de meus familiares. Tratava-se de um grande amigo da
família. Batizou inclusive meu tio Elcenor Leite, ainda vivo,
contando atualmente com 80 anos.
Outra
lembrança foi a do seu aniversario em 06 de agosto. Após a leitura
fiquei muito emocionada com os fatos tão reais, que por umas duas
horas não consegui falar.
Aquela
mensagem foi como se meu filho estivesse sempre presente, a conversar
comigo.
Fui
mudando, tentando encarar as coisas com muita serenidade.
Procurei
ampliar meu relacionamento com as pessoas que me ajudaram e continuam
me ajudando, dentro da Doutrina Espírita.
Passamos
a frequentar
o Lar do Amor Cristão. Reencontrei o equilíbrio que havia perdido,
encorajando-me para as dificuldades a enfrentar.
Daí
para a frente, graças a Deus, recebi cinco mensagens do Beto. Todas
elas trouxeram sempre pontos que muito nos surpreenderam, pois cada
uma com citações comprovadoras para nós, de pessoas e casos que
até então desconhecíamos.
Aproveitando
a oportunidade de trazer a publico meu testemunho, gostaria que meu
marido pudesse dizer algumas palavras.
Nery,
por favor, continue.
Como
Lucy explicou no inicio deste testemunho, professávamos outra
religião com certo fervor. Antes da perda de meu filho, ouvira falar
de Chico, mas não
me despertava
qualquer interesse.
Quando
cheguei em São Paulo vindo de Abaíra, minha terra natal, no
interior da Bahia, ainda moço, trazia comigo um sentimento triste,
havia presenciado muito sofrimento e miséria.
Crianças
morriam por falta de recursos médicos e, quando Beto em tempo
escolar, deixava transparecer certas tendências para a medicina, por
várias
vezes conversamos, dizia-lhe que gostaria muito quando fosse um
medico, se possível construirmos uma casa de saúde para os doentes
sem recursos. Acalentava este desejo.
Quando
da mensagem de José Roberto, deixou-me muito
surpreso e me mostrou
sua autenticidade, me fez recuar no tempo em que dialogávamos.
Qual
no foi minha surpresa, quando Beto, na mensagem assim se expressa:
“...O
senhor queria que eu ficasse aí para realizar os seus ideais; no
entanto , eu não
estou
morto, meu pai! Estou vivo! E trabalharei com suas mãos. Recordo as
suas
palavras,
lembrando os dias de sua infância. Você queria seu filho num
hospital para
atender
as crianças necessitadas e satisfazer as necessidades dos enfermos
sem maiores
recursos...”
Outro
pormenor que acho importante: no final do trabalho, o Chico chamou
minha esposa e perguntou-lhe quem eram os senhores Afonso Leite e
José Leite, dizendo que o Beto estava ali mencionando seus nomes.
Peço
a Lucy que continue descrevendo:
-
Aquilo me surpreendeu. De modo algum estava pensando em meus
parentes. Estava tão emocionada que o Beto não saia do meu
pensamento.
Disse
ao Chico que um deles eu desconhecia, mas o outro, o Afonso Leite,
fora o meu tio-avô.
Regressando
de Uberaba e consultando minha mãe, quis saber quem era José
Leite.
Informou-me
tratar-se de um seu primo.
Posso,
com a tranquilidade,
a segurança e o equilíbrio que a Doutrina está nos trazendo,
fotografar a imagem de Chico, alojando-a em nossos corações na
mensagem de trabalho, humildade e na união de todos os seus
seguidores e, num gesto muito simples, dizer:
“A
família espírita lhe deve muito, Francisco Cândido Xavier”
***
Do
Livro: Amor e LuzPsicografia: Francisco Cândido Xaviera
Autores: Espíritos Diversos
(a) RONALDO COSTA (O Arrebol Espírita)
https://www.facebook.com/o.arrebol.espirita
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