Certamente,
Jesus esteve, está e estará sempre conosco, no levantamento do Reino
de Deus, e por isso mesmo, urge reconhecer que, para isso, ele não
nos reclama demonstrações de heroísmo ou espetáculos de grandeza.
Tudo
em semelhante edificação e compreensível e simples, mas, por esta
razão, o Mestre espera que as nossas tarefas compreensíveis e
simples sejam cumpridas por nos, em regime de esforço máximo, a fim
de que venhamos a colaborar na fundação da estrutura eterna.
Para
que atinjamos no mundo, o Reino de Deus, não nos pede o Senhor
peregrinações de sacrifício a regiões particulares; espera,
entretanto, demonstremos coragem suficiente para viver, dia por dia,
no exato cumprimento de nossos deveres, na viagem difícil da
reencarnação.
Não
exige nos diplomemos nos preceitos gramaticais do idioma em que
desfrutamos agora o privilegio do entendimento mutuo, espera, porém,
que saibamos dizer sempre a palavra equilibrada e reconfortante, em
auxilio de nossos companheiros da Humanidade. Não nos obriga a
renúncia dos bens terrenos; espera, todavia, que nos dediquemos a
administrá-los sensatamente, empregando as sobras possíveis no
socorro aos irmãos em penúria. Não nos impele as ginásticas
especiais para o desenvolvimento prematuro de forcas físicas e
psíquicas; espera, entretanto, nos esforcemos para barrar
pensamentos infelizes, dominando as nossas tendências inferiores.
Não nos solicita a perfeição moral de um dia para outro; espera,
contudo, nos disponhamos a cooperar com ele, suportando injurias e
esquecendo-as, em favor do bem comum. Ao nos determina sistemas
sacrificiais de alimentação ou processos de vida incompatíveis com
as nossas necessidades justas e naturais; espera, porém, sejamos no
respeito ao corpo que a Lei da Reencarnação nos haja emprestado,
guardando fidelidade invariável aos compromissos que assumimos, uns
a frente dos outros. Não nos aconselha o afastamento da vida social,
sob o pretexto de preservarmos qualidade para a glória celeste;
espera, no entanto, que exerçamos bondade e paciência, perdão e
amor, no trato recíproco, a fim de que, a pouco e pouco, nos
certifiquemos de que todos somos irmãos perante o mesmo Pai.
Jesus
não nos pede o impossível; solicita-nos apenas a colaboração e
trabalho na medida de nossas possibilidades humanas, cabendo-nos,
porém, observar que, se todos aguardamos ansiosamente o Mundo Feliz
de Amanha, e preciso lembrar que, assim como um edifício se levanta
da base, o Reino de Deus começa de nos.
***
Do
livro: Alma
e Coração
Médium:
Chico Xavier
Espírito:
Emmanuel
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