Era
um homem violento,
Ligado
às trevas do mal,
Espalhando
o sofrimento
Em
seu caminho triunfal.
Dispunha
de muitas vidas,
Trazendo
chicote à mão,
Era
o retrato do crime,
No
quadro da ingratidão.
Trazia
os olhos em fúria,
Mostrando
o orgulho na face,
Decretava
a própria morte
A
quem o desagradasse.
Revelando-se
entre os homens
O
adversário do bem,
Depois
de desencarnado
Era
um déspota do além.
Se
amigos lhe conseguiam
Um
berço novo no mundo,
Voltava,
de novo, a ser
O
ódio mordente e profundo.
De
nada valia a fé
A
induzi-lo para o amor,
Era
o fidalgo cruel,
Terrível,
dominador...
Um
dia, porém, chegou
Em
que veio a se cansar
De
suscitar tanto pranto,
Tanta
ferida a sangrar
Humilhou-se
em oração,
Rogou
aos Céus vida nova,
Desejava
renovar-se
Ao
fogo de angústia e prova.
Jesus
escutou-lhe a prece
Viu-lhe
a mágoa desmedida
E
deu-lhe a benção da lepra
A
fim de amparar-lhe a vida.
Ninguém
suponha na história
Outro
alguém que conheceu,
Devo
dizer claramente
Que
esse leproso sou eu.
***
Espírito: Jésus Gonçalves
Do Livro: Estrada e Destino
Espírito: Jésus Gonçalves
Do Livro: Estrada e Destino
Médium:
Chico Xavier
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