Há muito tempo
atrás, em um lugar muito longe daqui, havia um REI que não
acreditava em DEUS e sempre que alguma coisa ruim acontecia afirmava:
- Deus não existe, não pode existir. Se existisse essas coisas ruins não aconteceriam!
Por
outro lado, havia no palácio um ministro muito crente e fiel a Deus,
e que sempre que ouvia o rei falar essas coisas rejeitava dizendo:
- Majestade, Deus existe! E tudo que ele faz é justo, bom e perfeito; é das coisas ruins que faz as boas... E ele nunca erra!
Certa
feita, entrou no palácio real um oficial dizendo:
- Salve Majestade!Trago notícias que os estudiosos do reino concluíram que o próximo verão será o pior dos já conhecidos; nosso rebanho não suportará, haverá fome no reino!
Ao
dar a notícia o oficial retirou-se, deixando o rei muito chateado.
Nesse exato momento apresenta-se o ministro dizendo:
- Salve o Reino! Salve o Rei! E que Deus os abençoe!
Ao
que Vossa Majestade replicou:
- Lá vem você de novo com essas história de Deus! Que Deus há de me abençoar ministro? Deus não existe, não pode existir! Se existisse essas coisas ruins não aconteceriam! Eu, que sou homem e mal, quero alimentar meu povo mas não posso. Por que Ele que é Deus e é bom não o faz? Deus não existe! Não pode existir!
E o crente
ministro, como sempre, insistiu:
- Não majestade... Deus existe! E tudo que ele faz é justo, bom e perfeito; é das coisas ruins que faz as boas... E ele nunca erra!
- Besteira! - disse o rei - Vã filosofia para consolar. – Concluiu
Dias após, o rei
saiu para caçar e sempre que o fazia levava consigo o ministro por
ser este muito habilidoso com as armas. Quando se encontravam mata a
dentro, de repente uma fera saiu de trás de um arbusto e atacou o
Rei. O ministro, com rapidez, conseguiu abater a fera, mas não
conseguiu evitar que o animal comesse o dedo polegar do Rei, que,
irritado, começou a reclamar dizendo:
- Que desgraça! Tá vendo? Se Deus existe por que é que ele iria permitir que esta besta comesse o meu dedo? Por qual razão?
O fiel ministro,
com firmeza, voltou a afirmar:
- Majestade, só posso lhe dizer mais uma vez que tudo que Deus faz é justo, bom e perfeito; para ele até mesmo a perda de um dedo significa uma coisa boa, e ele nunca erra!
O Rei, irritado
que estava, ficou revoltado com a insistência do ministro, e apesar
de ter sido salvo por ele, ao chegar no castelo, mandou que lhe
prendesse no calabouço. Passaram-se os dias, semanas, meses, e o Rei
voltou a caçar novamente. Dessa vez saiu sozinho, já não tinha
mais o ministro como companhia. Foi quando foi capturado e levado por
um bando de índios que faziam sacrifícios humanos. Na aldeia, já
no altar, preparado para o ritual de sacrifício, quando o sacerdote
levantou o machado para mata-lo, percebendo que o homem não tinha um
dos dedos, disse:
- Este homem não serve para a oferta, não tem um dos dedos, é imperfeito. Soltem-no!
Então o Rei se
foi, feliz por ter sido salvo. Ao chegar ao castelo mandou que
fizessem uma grande festa para comemorar aquele dia. Lembrou-se de
seu ministro e mandou que o libertassem e lhe trouxessem à sua
presença. Quando o ministro chegou o abraçou dizendo:
- Agora compreendo que tens razão! O que sempre diz é verdade! Tudo o que Deus faz é justo, bom e perfeito, e que pra Ele até mesmo a perda de um dedo significa uma coisa boa. Porém, ainda tenho uma dúvida, por que é que ele permitiu que eu ti colocasse no calabouço, logo tu que tanto o defende?
E o fiel ministro
respondeu:
- É porque tudo que deus faz é justo, bom e perfeito, é das coisas ruins que faz as boas, e ele nunca erra. Se eu não estivesse no calabouço estaria com Vossa Majestade caçando, e eu sim, sou perfeito!
Naquele
exato momento o oficial entra correndo no palácio avisando feliz:
- Salve Majestade!Vossa Alteza, o ministro, antes de ir para a prisão, mandou que cavássemos imensos canais para que reservássemos águas para os animais, e assim diminuir o impacto da seca, mas foi encontrado uma grande reserva de ouro que podemos usar para comprar alimentos e água nos reinos vasinhos quando chegar a seca.
Por
essa razão, o rei nomeou seu ministro ao posto de vice-rei, e
delegou poderes a ele que só não seriam maior que os seus próprio.
FIM
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